Foto: divulgação
Cerca de 4,5 milhões de pessoas passam pelas catracas do metrô de São Paulo diariamente. Todas fazem parte da história do meio de transporte que completou 40 anos no domingo (14), mas quem faz uso do trem subterrâneo por volta das 18 horas, por exemplo, não deve estar em clima de festa.
CPI do Metrô
Luiz Claudio Marcolino, deputado do PT que solicitou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo para investigar o cartel nos contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens e Metrô (CPTM), ressalta que os problemas do transporte urbano não estão relacionados apenas com o histórico de corrupção. “Além disso, quando comparamos o metrô de São Paulo com o de outros países, nós percebemos que o nosso serviço está muito aquém da quantidade de pessoas que circulam pelo metrô e a quantidade de quilômetros percorridos.” Nestes 40 anos, o metrô de São Paulo avançou pouco: de 6,5 quilômetros, em sua inauguração, para 74 quilômetros hoje. Na Cidade do México, por exemplo, onde o metrô começou a ser construído na mesma época, já são 220 quilômetros.
Falta de linhas
Além da falta de linhas em regiões mais afastadas, o metrô também recebe críticas pela superlotação e pelo custo da tarifa a R$ 3. Este valor sustenta toda a operação do sistema metroviário, já que o governo do Estado não subsidia a passagem dos usuários. Isso só ocorre na linha 4 – Amarela, operada em sistema de concessão. Nesse caso, o governo arcou com 85% do custo da obra e o restante foi financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a concessionária. A tarifa da linha 4 tem reajuste anual, mas o valor não é repassado para o passageiro, e sim para o estado.
Entretanto, para o presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Paulo Pazzim, os serviços públicos não podem servir aos interesses do lucro. “Esta visão de metrô para dar lucro e de metrô para a iniciativa privada vai contra as mobilizações de junho de 2013. Naquela época, a população lutou para reduzir a tarifa. Se o transporte é um direito social, ele não pode ser caro a ponto de excluir de seu uso pessoas que têm menor poder aquisitivo".
Com informações da Rede Brasil Atual
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