FOTO: Roberto Parizotti (Sapão)
Milhares de pessoas foram às ruas, nesta terça-feira (10), em mais de 40 cidades do norte ao sul do país para participarem dos atos “Sem Anistia”. Os manifestantes pediram a punição para os que tentaram dar um golpe de Estado, além de planejarem os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
No ato organizado pela CUT e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, e outros movimentos sociais, no final da tarde, embaixo de chuva, na Avenida Paulista, em São Paulo, o secretário de Relações do Trabalho, da CUT Brasil, Sérgio Antiqueira declarou que a sociedade não tolera mais nenhum tipo de anistia.
“O Brasil já é refém disso, golpe após golpe. Então, a gente não pode permitir que esse criminoso, que é o Bolsonaro, a quadrilha dele, os militares envolvidos, de todo o staff dele promovam um golpe no Brasil, e para que isso não aconteça de novo a gente precisa deixar um recado: sem anistia!”
O dirigente também destacou que os trabalhadores e trabalhadoras querem colocar em debate no Congresso Nacional o fim das 6x1, a isenção do imposto de renda, e que o ajuste fiscal recaia sobre os mais ricos, e não sobre o mais pobres.
“O mercado financeiro está fazendo pressão contra o governo Lula, e a gente não pode deixar o governo Lula refém do mercado, dos banqueiros, e do agronegócio. Nós temos que fazer esse enfrentamento, e é assim na rua que a gente consegue”, finalizou.
O presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart, ressaltou a importância do ato para que fique claro que a tentativa de golpe foi orquestrada não só no 8 de janeiro, mas que o golpe vinha há dois anos sendo orquestrado, planejado para que quando o presidente Lula ganhasse as eleições não tomasse posse.
“Eles arquitetaram a morte, o assassinato do presidente da República. Eles arquitetaram o assassinato do ministro do Supremo, do vice-presidente. Portanto, nós precisamos avisar. Golpe, não vai ter anistia; prisão aos golpistas”, declarou.
O dirigente alertou ainda que o ato de hoje só foi possível porque não teve um golpe, porque se tivesse, muitos dos companheiros estariam presos, estariam mortos.
“Por tudo isso é muito importante a gente vir para as ruas, lutar e dizer, não vai ter golpe, não vai ter anistia. Viva a luta da classe trabalhadora, viva a luta na unidade. Juntos somos fortes e vamos caminhar juntos para dizer, viva a democracia do Brasil e do nosso país, viva o presidente Lula. Saúde, presidente Lula, que logo vai estar de volta em Brasília, vai continuar governando o nosso país, gerando emprego e fazendo o nosso país crescer”.
Depois dos discursos os manifestantes saíram em caminhada pela Paulista em direção ao centro da cidade.
As reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras
Nos atos organizados pela CUT e pelos movimentos Frente Brasil Popular e Povo sem Medo, além da punição aos golpistas, os manifestantes reivindicaram o fim da escala 6 X 1, com redução da jornada de trabalho sem redução de salários; a taxação dos mais ricos; a garantia de investimentos na saúde e na educação, sem redução de gastos; contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estupro; pela redução da taxa de juros; contra o genocídio da juventude negra e valorização do salário mínimo e das aposentadorias.
Veja como foram alguns atos
Alagoas - Maceió
Pela manhã, os alagoanos saíram da Praça D. Pedro II, no Centro e caminharam pelas ruas da cidade pedindo a prisão dos golpistas, em defesa da democracia e pelo fim da escala 6 x1, entre outras reivindicações.
Bahia – Salvador
A manifestação ocorreu nas ruas do centro de Salvador com a presença das representações do movimento sindical, movimentos populares, parlamentares entre outras lideranças. Com palavras de ordem pela prisão de golpistas, o ato foi marcado com outras bandeiras de luta, PEC do estupro e fim da jornada 6 X 1.
Pernambuco – Recife:
No Parque 13 de Maio durante o ato o presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, destacou a relevância do ato em tempos de polarização política e ataques à democracia. "Hoje é um dia crucial para reafirmarmos nosso compromisso com a justiça e os direitos dos trabalhadores. Não podemos permitir que golpistas fiquem impunes, que o fundamentalismo destrua nossos direitos, ou que a exploração do trabalhador seja intensificada com jornadas desumanas como a escala 6x1", declarou.
Piauí – Teresina
Na capital do Piauí, o Ato Unificado, organizado pela CUT, sindicatos filiados, demais centrais sindicais, movimentos sociais, populares, estudantes e lideranças políticas, teve início na Praça Rio Branco, no centro de Teresina, pela manhã. Logo após os discursos os manifestantes seguiram em caminhada pelas principais ruas do centro com destino a Praça Pedro II, onde foi encerrado.
Goiás - Goiânia
No início da tarde houve uma plenária dos movimentos populares e sindicais com apresentação do relatório de violações dos direitos humanos em Goiás, no Auditório da ADUFG sindicato. A partir das quatro da tarde os manifestantes de reuniram em frente à Procuradoria da República no Parque Lozandes.
Sergipe – Aracaju
Os manifestantes se reuniram na Praça General Valadão, no centro. Eles levaram faixas e cartazes pedindo punição para os golpistas, pelo fim da violência contra a mulher, pelo fim da escala de trabalho 6 X 1; a redução dos juros e contra os ataques que o reajuste do salário mínimo e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vêm sofrendo por parte do mercado financeiro.
Pará – Belém:
A forte chuva não foi empecilho para que os manifestantes paraenses saíssem do Largo do Redondo em caminhada pela ruas da capital, Belém, pedindo prisão para os golpistas.
Paraná – Curitiba:
O ato foi na Praça Santos Andrade e reuniu representantes de sindicatos e movimentos sociais.
Rio de Janeiro - Capital
No Rio de Janeiro centenas de pessoas se concentraram no Largo da Carioca no final da tarde. Com faixas e cartazes os manifestantes pediram a prisão dos golpistas e revindicaram a manutenção e melhorias nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Minas Gerais - Belo Horizonte
Na capital mineira o ato Sem Anistia foi realizado na Praça Sete no início da noite.
Ceará - Fortaleza
Os cearenses protestaram contra a possível anistia aos golpitstas na Praça a Justiça Federal, depois sairam em caminhada pelas ruas de Fortaleza.
Na capital do Maranhão também teve protesto na Praça Deodoro, contra a tentativa de golpe de Estado e houve pedidos pela manutenção de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Outros atos
Também houve atos em defesa da democracia ao longo do dia nas seguintes cidades:
Bahia – Itabuna: Praça Adami - 10h
Bahia - Juazeiro: Praça Dedé Caxias - 16h
Ceará – Fortaleza: Praça da Justiça Federal -15h
Distrito Federal - Brasília: Praça Zumbi (CONIC) - 11h30
Distrito Federal - Brasília: UNB (Auditório da Faculdade de Direito) - 18h
Espírito Santo – Vitória: UFES -16h
Mato Grosso - Cuiabá : Praça Ipiranga - 18h
Mato Grosso do Sul - Campo Grande: Praça Ary Coelho -17h (horário local)
Minas Gerais - Juiz de Fora: Calçadão, em frente ao Banco do Brasil - 17h
Minas Gerais - Poços de Caldas: no Terminal - 17h
Paraíba - João Pessoa: Parque Solon de Lucena - 15h
Paraná – Maringá: Estacionamento ao lado do Terminal Urbano - 17h30
Rio de Janeiro - Campos dos Goytacazes: Rodoviária Roberto Silveira - 16h
Rio de Janeiro - Nova Friburgo: em frente ao IENF, Praça Demerval Barbosa - 17h
Rio Grande do Norte – Natal: calçada do Midway com caminhada até a Igreja Universal – 15h
Rio Grande do Sul - Cachoeirinha: Av.Gal. Flores da Cunha, em frente a CEF - 16h
Rio Grande do Sul - Porto Alegre: Largo dos Açorianos (Ponte de Pedra Centro Histórico) - 18h
Rio Grande do Sul - Santa Maria - Praça Saldanha Marinho -17h30
Rondônia - Porto Velho - Concentração na Av.Mamoré, bairro Esperança da Comunidade. Local do ato: Praça Esperança - zona leste- 15h30
Santa Catarina - Apiúna: na Praça da Igreja Matriz - 10h
Santa Catarina - Criciúma: na Praça Nereu Ramos - 17h
Santa Catarina – Florianópolis: em frente ao Ticen - 17h
Santa Catarina - Joinville: Praça da Cidade - 18h
Sergipe – Aracaju: Praça General Valadão, Centro - 14h
São Paulo - Campinas: Praça da Catedral - 17h
São Paulo - Franca: IPRA na Rua Diogo Feijó nº1956 - 19h30
São Paulo - Ilha Bela: Praça Elvira Estorace, Perequê, ( em frete ao Pimenta de Cheiro) - 17h
São Paulo - Osasco: Rua Antônio Agu - Calçadão - 15h
São Paulo - Ribeirão Preto: Plenário da Câmara Municipal - 18h
São Paulo - Santos: Estação da Cidadania - 17h30
São Paulo - São Sebastião: Câmara Municipal - 17h30
Internacional
Itália - Roma: Via Galilei, 57 (Ato conjunto com a Argentina in Itália por la memoria verdad justicia)
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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