Tá chegando a hora da sociedade civil soltar a voz na Cúpula do G20 Social

Brasil se prepara para ouvir representantes de populações sobre as decisões das 19 maiores economias do planeta mais a União Europeia e a União Africana.

Por: Agência Gov | Via SGPR
Publicação: 23/10/2024
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Encontro Preparatório da Cúpula Social (Foto: Agência Brasil)

A contagem regressiva avisa: falta menos de um mês para a grande celebração da sociedade civil em seu caminho para ser ouvida pelos líderes das maiores economias do mundo. É a Cúpula do G20 Social chegando ao Rio de Janeiro nos dias 14, 15 e 16 de novembro, ocupando uma das áreas mais simbólicas do centro da capital carioca: a Praça Mauá e o seu entorno, que inclui Boulevard Olímpico, Museu do Amanhã, Armazéns do Porto, Museu de Arte do Rio (MAR) e o Espaço Kobra, identificado pelo grande mural do artista brasileiro Eduardo Kobra, um dos maiores muralistas da atualidade.

Coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), o G20 Social é um processo inédito criado pela presidência brasileira do G20, fórum das maiores economias do mundo. O objetivo é ampliar a participação social e de atores não-governamentais nos processos de debate para decisões da Cúpula dos Líderes do G20, em torno de três eixos centrais escolhidos pelo governo brasileiro: combate à fome, à pobreza e às desigualdades; sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa; e reforma da governança global.

A Cúpula do G20 Social é o ápice do processo de participação social, idealizado pelo Presidente Lula em dezembro de 2023, quando o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo. Desde então, o G20 Social deu espaço à pluralidade de vozes da sociedade civil brasileira e estrangeira. Além disso, o G20 Social propiciou, pela primeira vez, encontros entre as trilhas política e financeira da cúpula de líderes mundiais e os grupos de engajamento e lideranças de movimentos sociais.

Programação

A Cúpula do G20 Social contará com feiras organizadas ao longo do Boulevard Olímpico e organizadas em três caminhos temáticos: o da Sustentabilidade, com artesanato e serviços; o do Combate à fome, com produtos alimentícios e agroecológicos; e o da Cultura dos Povos, com literatura, publicações e divulgações sociais. Ao todo serão 150 barracas selecionadas num processo que recebeu 264 inscrições.

Além disso, contará com o Festival de Cultura “Aliança Global Contra a Fome”, no Palco Central na Praça Mauá, todos os dias a partir das 18h. Terá ainda o espaço CRIA, um ponto central de conexões entre criadores de conteúdo, comunicadores e ativistas.

Dia 1 - O primeiro dia da Cúpula Social (14/11) será marcado por atividades propostas pela sociedade civil em suas mais diversas vozes vozes, as atividades autogestionadas. São debates, conversas, mesas temáticas que vão ser organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior. Ao todo foram recebidas 852 inscrições e selecionadas, numa primeira chamada, 164 atividades. A Secretaria-Geral está trabalhando para incluir novas atividades em outros espaços.

Dia 2 – A programação do segundo dia da Cúpula Social (15/11) estará organizada em torno dos três eixos temáticos - combate à fome e à pobreza, sustentabilidade e governança global - com aprovação de um documento por eixo. Em seguida, continuam as atividades coordenadas pela sociedade civil no período da tarde.

Dia 3 - • O último dia da Cúpula Social (16/11) será o da síntese das atividades desenvolvidas para o G20 Social. Da plenária final sairá a aprovação de documento que será entregue na Cúpula dos chefes de Estado, com ato de encerramento no período da tarde, no Palco Central da Praça Mauá.

Movimentos

Movimentos sociais de base histórica nacional foram convidados para construção dos processos. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); a Associação Brasileira Organizações Não Governamentais (Abong); a Central Única dos Trabalhadores (CUT); a Coalizão Negra por Direitos; a Marcha Mundial das Mulheres (MMM); Central Única das Favelas (CUFA) e o Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) integram o comitê organizador da Cúpula Social do G20, dando as cores e os prismas das lutas populares brasileiras ao globo.



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