CNTTL e lideranças de caminhoneiros participam de debate sobre saúde nas rodovias

Os diretores da Confederação e caminhoneiros, Carlos Alberto Litti Dahmer (Ijuí-RS) e Vantuir José Rodrigues (GO), participaram da mesa de debates.

Por: Viviane Barbosa, da Redação da CNTTL
Publicação: 22/03/2024
Imagem de CNTTL e lideranças de caminhoneiros participam de debate sobre saúde nas rodovias

Aconteceu, no último dia (27), o Fórum de Atenção Primária à Saúde para o cuidado às populações que vivem, trabalham e transitam nas rodovias brasileiras, promovido pelo DATASUS, órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Os diretores da CNTTL e caminhoneiros, Carlos Alberto Litti Dahmer (Ijuí-RS) e Vantuir José Rodrigues (GO), participaram da mesa de debates ao lado de lideranças dos caminhoneiros do Rio de Janeiro, Salvador, Goiás e Campinas (SP).

"Embora tenhamos que melhorar o Sistema Único de Saúde, ele ainda é vital e uma referência para todas as populações, que não têm acesso a um  plano de saúde. Hoje a nossa situação nas estradas é muito difícil. Ficamos 11 horas prisioneiros dentro do nosso veículo, tornando-se um cárcere privado. Em situações de risco, não existe local adequado para tomar banho, fazer nossa higiene e uma alimentação. A estrutura viária do país não dá conta do que é o ideal previsto na lei", argumenta Litti.

Para Vantuir, os governos passados nunca ouviram os caminhoneiros e ele aguarda que no governo Lula as pautas da categoria sejam de fato implementadas.

"Acreditamos que com o presidente Lula, nós caminhoneiros seremos ouvidos. Temos que mudar a frota brasileira. Não existem pontos de parada e descanso (PPD) no Brasil. Na BR153, que interliga Belém a Brasília, o governo passado fez dois PPDs que atende 75 caminhões, que hoje não dá conta. O governo Lula precisa ver essa situação com carinho", disse o caminhoneiro.

Saúde precária dos caminhoneiros

Lideranças dos caminhoneiros também relataram a triste realidade enfrentadas pela categoria nas estradas do Brasil. "A saúde do caminhoneiro nas estradas está precária. Temos dificuldade em acessar o SUS e de fazer exames e cirurgias. Um amigo nosso caminhoneiro faleceu e fizemos vaquinha para trazer o corpo e o seu caminhão. O SUS poderia ter um teleatendimento para nos ajudar", disse Nelson de Carvalho, da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio de Janeiro.

Lucia Castro, caminhoneira autônoma de Campinas, falou que os caminhoneiros são defensores do SUS, mas o SUS precisa defender os caminhoneiros.  "Temos dificuldades de fazer exame bucal e ginecológico. Por exemplo, eu tive hemorragia na estrada. Tive que tirar o útero e não consegui fazer o pós-cirúrgico. O SUS não consegue me atender em Brasília ou em Goiânia, só onde eu fiz a cirurgia em Campinas. Isso inviabiliza o atendimento", explica Lucia.

O caminhoneiro, Salvador Edmilson, da Associação dos Caminhoneiros do Brasil, disse que o estresse nas estradas é muito grande. "Tem muita solidão. Uma vez eu parei no pátio de um posto para descansar e o segurança mandou eu sair. É desumano a gente se aposentar aos 62 anos, vivendo esse dia a dia de precariedade nas estradas. Não quero de jeito nenhum essa vida para os meus filhos. Graças a deus eles estão estudando", finaliza.

 Assista ao vídeo com as falas das lideranças dos caminhoneiros autônomos:
 



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