Trabalhadoras do Transporte reforçam lutas pela igualdade e combate à violência no trabalho e movimento sindical

O 2º Encontro Internacional das Mulheres Trabalhadoras do Transporte foi promovido pela CNTTL, com apoio da FUTAC e ITF.

Por: Viviane Barbosa, da Redação da CNTTL com a colaboração de Beatriz Souza estagiária da Mídia Consulte
Publicação: 26/09/2023
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Foto: Trabalhadoras do Transporte do Brasil e América Latina - foto: Renata Rocha

Mulheres sindicalistas do transporte do Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, Uruguai e Argentina se reuniram nos dias 13 e 14 de setembro em Sorocaba no 2º Encontro Internacional das Mulheres Trabalhadoras do Transporte, organizado pela CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), com apoio da FUTAC (Federação Unitária de Transporte, Portos, Pesca e Comunicação) e da ITF (Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes).

Durante dois dias, elas falaram sobre o assédio e machismo nos locais de trabalho, sindicatos e debateram a necessidade de organização das trabalhadoras de todos os modais para combater todos os tipos de violência contra as mulheres e ampliar direitos. 

Participaram do evento mulheres e homens dos sindicatos rodoviários do ABC paulista, Sorocaba, Maceió, Bahia, Rio Grande do Norte, dos condutores de Guarulhos, de Uberlândia (MG) e do setor de cargas de Osasco e Agentes de Trânsito do estado de São Paulo, filiados à CNTTL.

Igualdade de Oportunidades e combate à violência

Juneia Batista, Secretária Nacional da Mulher da CUT - foto: Renata Rocha

Dentre os temas discutidos as trabalhadoras falaram da tramitação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho. Em março deste ano, o governo federal enviou à Câmara dos Deputados o texto para ratificação, que passa a vigorar somente após a aprovação dos deputados e posteriormente, dos senadores.

Também falaram da Convenção 156, que trata da igualdade de oportunidades e tratamento no mercado de trabalho para homens e mulheres, enviada no pacotaço de Lula do 8 de março , Dia Internacional da Mulher, ao Congresso.

“Não conseguimos alcançar a igualdade salarial sem discutir a questão da violência. Temos que aprender a apoiar uma a outra. É nosso papel lutar pela aprovação dessas medidas”, enfatiza Juneia Batista, Secretária Nacional da Mulher da CUT.

O evento também contou com a participação da professora Mara Kitamura, presidenta do Sindicato dos Professores de Sorocaba e região e diretora da CTB-SP (Central dos Trabalhadores do Brasil), que destacou que as mulheres se tornam mais fortes e menos emotivas quando enfrentam discursos de "esquerdomachos"  no movimento sindical e partidário. 


  Cleide Tameirão, foto: Renata Rocha

A diretora da CNTTL, do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do ABC) e coordenadora da Subsede da CUT no ABC paulista, Cleide Tameirão, disse que a luta pela igualdade é uma bandeira, mas não é o suficiente.

“Precisamos combater o preconceito e a discriminação nos locais de trabalho e dentro dos sindicatos. O sindicato deveria ser um espaço para coibir esses assédios, mas infelizmente sofremos esses preconceitos. Os homens precisam se solidarizar com as nossas lutas e entender que não estamos ali para competir, mas para caminharmos juntas com eles”, destaca.

Márcia Viana, foto: Renata Rocha 

Márcia Viana, secretaria da Mulher da CUT-SP, destacou a importância das mulheres de se verem nos espaços, citando, por exemplo, no site dos sindicatos e nas redes sociais, ampliando sua visibilidade.



Nelci Fidelis (foto), agente de trânsito na CET e diretora da CNTTL, falou que as pautas femininas estão prementes e defendeu que precisam estar nos ambientes de trabalho. “As nossas pautas são complexas e temos dificuldades em sermos aceitas dentre nosso ambiente sindical e de participar de mesa de negociação”, frisou.

A diretora do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e da CNTTL, Andreia Mattezi, disse que o 2º Encontro foi muito positivo porque trocou experiências, escutou as companheiras e apontou a necessidade de todas estarem integradas nas lutas.  

Andreia Mattezi, foto: Renata Rocha


Plano de Lutas

 

No final do evento, as sindicalistas definiram um plano de lutas que destaca a meta de incluir nos acordos coletivos de trabalho e convenções coletivas dos sindicatos e federações filiadas à CNTTL a contratação de 30% de mulheres nas empresas. Outras lutas são o combate a todas as formas de assédio e violência nos locais de trabalho e nos sindicatos e a realização do 3º Encontro em 2024.

“Também debatemos a importância da capacitação das mulheres. Com  aprendizados, as mulheres ocuparão os espaços e cargos que quiserem. No 3º Encontro em 2024, e esperamos que seja maior e com mais mulheres de todos os modais de transporte. Vamos fortalecer a nossa sororidade", disse Alexsandra Santos, Secretária de Gênero da CNTTL.

 

O presidente da CNTTL, Paulo João Estausia, Paulinho, disse que a Confederação oferecerá cursos de capacitação para as trabalhadoras e falou da moção da entidade sobre o combate ao machismo e à violência contra mulher apresentada na Conferência Regional da ITF da América Latina e Caribe em Cancun, México, realizada em agosto.  

“É dever das mulheres e dos homens também defender as pautas das trabalhadoras. Muitos homens participaram do evento. Espero que essas resoluções sejam colocadas em prática .  A politização vai melhorar a vida de todas as mulheres para melhor é claro”, finaliza Paulinho.

Unidade internacional


Paulinho, presidente da CNTTL, e a Alexandra, Secretária de Gênero da CNTTL, com lideranças internacionais e do Brasil  - foto: Renata Rocha

O evento também contou com a participação de delegações internacionais que compartilharam suas experiências com as sindicalistas brasileiras.

Erlin Cedeño, diretora do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Comunicações de Cuba, enfatizou a importância da unidade na luta pela igualdade de gênero: "Junto com a FUTAC, estamos lutamos para que mais mulheres ocupem espaços em cargos sindicais e governamentais. Essa nossa unidade e solidariedade alcançará mais resultados"

A diretora do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da AVIANCA na Colômbia, Cindy Menez, elogiou o evento da CNTTL, FUTAC e ITF, destacando como uma experiência enriquecedora.

 "Foi gratificante para mim e minha organização sindical, abriu nossas mentes para a diversidade e pudemos promover a união através das vivências das mulheres, proporcionando oportunidades de crescimento", frisou.

Julia Palácios, secretária de assuntos jurídicos da ASDECCOL (Funcionários Públicos na Colômbia) disse que 2º Encontro foi altamente formativo e ajudou a capacitar e empoderar todas as participantes com novos conhecimentos para suas lutas.





 




Acompanhe todos os vídeos de depoimentos do 2º Encontro Internacional das Mulheres Trabalhadoras do Transporte, organizado pela CNTTL, no  canal do Youtube da CNTTL: https://www.youtube.com/@CNTTL



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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