Os trabalhadores aeroviários na DNATA (empresa que presta serviços auxiliares nos aeroportos) no aeroporto de Natal estão trabalhando em situações precárias e até são impedidos de beberem água. A denúncia é do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) que encaminhou nesta quinta-feira (9) essas denúncias ao MPT (Ministério Público do Trabalho).
Segundo o Sindicato, as irregularidades cometidas pela DNATA do
Aeroporto de Natal incluem: precariedade e grande concentração
de sujeira nos ambientes aonde ficam armários e banheiros.
Além de muito pequeno, o local aonde são realizadas as refeições
não possui micro-ondas para esquentar a comida e fica cheio de
goteiras quando chove.
Outro problemas destacam que as férias são avisadas apenas dois ou três dias antes de iniciarem, impossibilitando os profissionais de se programarem.
A reuniões com as gestões são intimidadoras, resultando quase sempre em assédio moral, e a gerência proíbe profissionais da rampa de beberem água durante o atendimento de voos.
"Geralmente, não há tempo de descanso entre o suporte a uma aeronave e outra, trabalhadores ficam impossibilitados de se hidratarem na pista", informa nota do SNA.
Mais irregularidades
Os funcionários com carga horária de três e quatro horas diárias
são obrigados a fazer hora extra de até duas horas, sem direito a
intervalo. Os que atuam com jornada de seis, com frequência também
não conseguem uma pausa durante as atividades.
Os profissionais não recebem a remuneração dos domingos e feriados
trabalhados, conforme estabelecido pela CCT (Convenção Coletiva de
Trabalho) da categoria;
Também não há profissionais suficientes nas operações de
aeronaves e trabalho que deveria ser realizado por duas ou
três pessoas, é feito por um único aeroviário.
Esclarecimentos
Após a denúncia ao MPT, a DNATA pode ser intimada a prestar
esclarecimentos. A empresa é contratada pelas companhias aéreas
Latam, Gol a Azul, co-responsabilizadas pela política adotada por
essa prestadora de serviços com seus funcionários. Em nota,
a direção do SNA lamenta que empresas bem posicionadas no
mercado insistam em terceirizar suas atividades para esse tipo de
gestão.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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