As condições de trabalho na aviação civil pioraram para 90% dos
empregados em 120 países. Esse dado alarmante é da pesquisa da ITF
(Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes) que
ouviu mais de 3.700 trabalhadores do setor.
O levantamento aponta que os trabalhadores relataram que não se
sentem respeitados por seus empregadores.
"Há uma pressão crescente na indústria da aviação para combater as causas subjacentes do caos de viagem generalizado durante o verão, incluindo inúmeros cancelamentos e limitação de voos nos principais aeroportos.", cita trecho do documento da entidade internacional.
Para propor alternativas que amenizem essa situação, a ITF apresentou na Assembleia da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), um “novo acordo para aviação” para garantir aos trabalhadores direitos e empregos decentes.
O documento foi assinado por 250 sindicatos filiados à ITF que representam mais de 1 milhão de trabalhadores da aviação no mundo. A OACI reúne 191 estados-membros (governos e representantes da indústria da aviação) e seu papel é estabelecer políticas de apoio que coordenem o setor no que diz respeito à segurança, eficiência, sustentabilidade econômica e responsabilidade civil e ambiental.
“Anos de desregulamentação, privatização e redução de custos reduziram as condições de trabalho ao mínimo. Isso ocasionou a escassez de trabalhadores e a interrupção generalizada nas viagens às quais muitos foram expostos ao longo dos últimos meses. A aviação precisa de um novo acordo que enfatize a colaboração para uma indústria igualitária, ou as crises atuais irão continuar”, diz Stephen Cotton, secretário-geral da ITF.
Um recente relatório da indústria revelou que, durante a pandemia de Covid-19, 15 das maiores empresas aéreas do mundo precarizaram as condições de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras da aviação e adotaram práticas antissindicais, entre elas, efetuaram demissões em massa, terceirizaram a mão de obra e não reconhecem os sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores.
“Os sindicatos que participam da Assembleia da OACI se comprometeram a apresentar o ‘Novo Acordo’ aos governos e empregadores de seus países como uma demonstração do que deveria sustentar uma indústria da aviação sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental”, explica Edgardo Llano, secretário-geral do sindicato argentino Asociación del Personal Aeronáutico (APA) e presidente da Seção de Aviação da ITF.
Para Sara Nelson, presidente internacional da Associação de Comissários de Bordo e vice-presidente da Seção de Aviação da ITF, é importante que os empregadores garantam um salário digno, respeito, e segurança no emprego
“Fazemos a nossa parte para proteger nosso planeta com ar e água
limpos e correntes de jato suaves. Os trabalhadores em transporte
estão unidos e se organizando para garantir que uma aviação
sustentável com bons empregos sindicalizados seja nosso futuro
coletivo”, explica.
ITF e sindicatos da aviação brasileiros celebram acordo
Essa proposta de acordo internacional também foi assinada pelos
sindicatos da aviação civil brasileiros. O encontro aconteceu
no último dia 28 de setembro, em Guarulhos. Participaram os
sindicatos regionais de aeroviários de Guarulhos, Recife e de
Porto Alegre e os de base nacional do aeroviários e aeroportuários
filiados à FENTAC (Federação Nacional dos Trabalhadores
em Aviação Civil). Também participaram dirigentes sindicais do
setor da aviação do Peru, Colômbia e Chile.
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