foto: Infraero
Funcionários da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e moradores farão ato, às 7h, contra o leilão do Aeroporto de Congonhas nesta terça-feira, dia (9). A manifestação, acontecerá em frente ao aeroporto, é convocada pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), que divulgou carta aberta à categoria e aos moradores.(leia abaixo)
O aeroporto de Congonhas está incluído na 7ª rodada de concessões aeroportuárias do governo federal, que totaliza 15 unidades em todo o Brasil.
Considerada a “joia da coroa”, Congonhas está mira do governo Bolsonaro que pretende “leiloá-lo” na próxima semana, no dia 18 de agosto. Oito associações de bairros vizinhas pediram à Justiça o cancelamento do leilão, mas o pedido foi indeferimento pelo juiz substituto Caio José Bovino Greggio, da 12ª Vara Cível Federal de São Paulo, na última sexta-feira (5).
Os vizinhos do aeroporto pediam que fosse incluído no contrato que a futura concessionária tivesse responsabilidades por impactos ambientais e de trânsito provocados pelo aumento na movimentação de pousos e decolagens em Congonhas.
Leilão é precipitado, entidade pede prorrogação
Para o presidente do SINA, Francisco Lemos, esse leilão é precipitado e deveria ser prorrogado para que se possa aprofundar o debate com todos os setores envolvidos: Sindicato, associações de moradores e lojistas. “Temos que alertar o passageiro que é um crime como estão conduzindo o leilão do Aeroporto de Congonhas”, frisa o sindicalista.
Em comunicado aos passageiros, moradores e funcionários, o SINA disse que o leilão de concessão de Congonhas é um risco "desastroso", porque as condições são imprecisas e de critério duvidoso.
"O Aeroporto existe há 86 anos e a concessão traria um aumento de 36% das operações. Como reparar a mobilidade diante de um trânsito que aumentará 36% e que hoje já se encontra caótico. Além disso, também é preciso pensar na segurança no entorno do aeroporto, já que uma das propostas é torná-lo internacional", cita trecho da carta.
Ainda segundo o informativo, a licença ambiental do aeroporto está vencida, há falta de estudos de impactos ambientais, a segurança aérea e os ruídos provocados pelo aumento elevado de operações integram algumas das irregularidades apontadas no processo de concessão. "Outra denúncia divulgada pela imprensa é que a empresa que assumirá a concessão é a CCR, ou seja, um leilão de cartas marcadas", complementa.
O documento do SINA também reforça que é "irresponsável e inoportuno" a forma como está sendo conduzido o processo de leilão, que colocará em risco a segurança operacional podendo ocasionar aumento de acidentes e incidentes aéreos. "Por isso, exigimos que a data desse leilão seja prorrogada, porque, depois de concedido o novo dono terá somente seus lucros como objetivo", reforça o final da carta.
Ato contra leilão do Aeroporto de Congonhas
Data: 9 de agosto
Horário: 7h
Local: em frente ao Aeroporto
Carta aberta do SINA à categoria e moradores do entorno do Aeroporto
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