Presidente do Sina, Francisco Lemos, durante discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo, no dia 8 de junho - foto divulgação
Os impactos da privatização do aeroporto de Congonhas,
localizado na capital de São Paulo, foram debatidos na audiência
pública promovida pela Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo), no último dia 8 de junho.
Esse aeroporto e o do Campo de Marte, em Campinas, estão incluídos
na 7ª rodada de concessões aeroportuárias do governo federal, que
totaliza 15 unidades em todo o Brasil.
Considerada a “joia da coroa”, Congonhas está mira do governo
Bolsonaro que pretende “leiloá-lo” em 18 de agosto.
De acordo com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), o
aeródromo de Congonhas está no bloco SP-MS-PA-MG, que inclui ainda
os equipamentos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato
Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará;
Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais. A
contribuição inicial mínima é de R$ 740,1 milhões. O valor estimado
para todo o contrato é de R$ 11,6 bilhões.
O presidente do SINA (Sindicato Nacional dos Aeroportuários),
Francisco Lemos, participou da audiência pública na Alesp e disse
que esse leilão tem um aspecto de desespero do governo
federal. Os aeroportos desse bloco são praticamente os últimos
administrados pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária).
“Congonhas funciona como uma peça extremamente justa na engrenagem complexa da cidade de São Paulo e, qualquer alteração nesta peça, deveria passar por uma discussão e análise mais ampla com a Alesp, Câmara Municipal, Ministério Público Estadual e entidades ligadas diretamente à operação daquele aeroporto, como associações de moradores e o próprio sindicato”, enfatiza o sindicalista.
Lemos alerta que a proposta da futura nova concessionária é excluir em grande parte a aviação executiva de Congonhas e isso criará dificuldades para a dinâmica business de São Paulo.
“Quem comprar o Aeroporto promete aumentar as operações em 36%.
Isso causará um impacto proporcional também no trânsito já caótico
da região e na mobilidade daqueles que residem, trabalham e
trafegam por aquele canto da cidade de São Paulo além do aumento,
também, do interesse da criminalidade no aeroporto e no seu
entorno, porque, uma vez transformado em internacional, passa a ser
mais uma porta de evasão de divisas e tráfico internacional de
armas e drogas", explica o dirigente.
Leilão precipitado
O presidente do SINA defende que esse leilão deveria ser
transferido para um outro momento.
“É necessário aprofundar o debate em todas as vertentes e
interesses, tal como está sendo conduzido o processo do aeroporto
Santos Domunt, no Rio de Janeiro. Joias valiosas não se vendem na
feira do rolo, mas, sim, em joalherias”, finaliza.
O leilão do Aeroporto de Congonhas está programado para o dia 18 de
agosto. Dentro os grupos esperados, estão CCR, a francesa Vinci
Airports, a suíça Zurich Airports e a alemã Fraport.
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