Vereadora pelo Psol do Rio de Janeiro, Marielle Franco, juntamente com o motorista Anderson Pedro Gomes, foram assassinados com 13 tiros em 14 de março de 2018 - Foto
“Você corta um verso eu escrevo outro
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz e exigindo o troco”
(“Pesadelo”, Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro)
Quem mandou matar Marielle e Anderson? Quais interesses políticos se escondem por trás dessa morte? Qual o envolvimento de agentes de estado na execução? Até onde vai a relação entre milicianos e políticos do Rio de Janeiro, de Brasília e Curitiba?
São muitas as perguntas e poucas as respostas. Mas sabemos a resposta que não aceitamos. Não admitiremos que tente se explicar o assassinato de Marielle e Anderson como um crime de ódio, como uma ação isolada de dois atiradores, motivados pela intolerância e pelo ódio contra ideias de esquerda. Não.
Marielle foi executada em uma ação planejada, executada por profissionais, que estão ligados à milícia. Não são atiradores a esmo. São parte de uma operação muito maior, que envolve grupos criminosos e políticos e que cada vez mais se aproxima da família do presidente da República. A prisão dos dois executores não é o bastante. Precisamos aprofundar a investigação, garantindo o seu caráter independente e ampliando para a participação de entidades de direitos humanos e da sociedade.
Honrar a memória de Marielle Franco significa, agora mais que nunca, lutar contra Bolsonaro e seu projeto de poder fascista, racista, misógino, LGBTQIfóbico, autoritário, antitrabalhador e antipovo.
Lembrar Marielle é lutar por uma transformação social que
coloque o povo explorado e oprimido em primeiro lugar. A
sociedade brasileira e o mundo exigem uma resposta. Chega de
impunidade. Justiça, já!
Carlos Antônio Uliana, assessor do Sindfer-ES-MG
( Sindicato dos Ferroviários do Espírito Santo e Minas
Gerais )
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