Portuários preparam paralisação contra a privatização dos portos nesta sexta-feira (28)

O movimento é organizado pelas três entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras no país.

Por: Viviane Barbosa, da Redação da CNTTL
Publicação: 27/01/2022
Imagem de Portuários preparam paralisação contra a privatização dos portos nesta sexta-feira (28)

Informativo do Suport-ES convoca categoria para aderir à paralisação nesta sexta-feira (28)

O Dia dos Portuários, celebrado nesta sexta-feira (28), será marcado por paralisações e protestos em todo país contra a privatização dos portos públicos e pela manutenção dos empregos da categoria.

O alerta é das três entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras: as Federações de base Nacional dos Portuários (FNP), dos Estivadores (FNE) e dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios nas Atividades Portuárias (Fenccovib). Juntas as organizações representam cerca de 50 mil portuários no país.

Os sindicatos portuários irão fazer assembleias nesta quinta-feira (27) para deliberar sobre organização da paralisação de sexta-feira que deve durar 12 horas. Em Vitória, no Espírito Santo, a paralisação iniciará a partir das 7h da manhã nas entradas do porto na Ilha do Príncipe, em Capuaba e em Portocel. No Rio de Janeiro, também está programada manifestação organizada pelo Sindicato dos Portuários.

As entidades aprovaram essa ação unificada em Plenária Nacional, em dezembro do ano passado. Esta é a segunda paralisação nacional, a primeira aconteceu em 20 de dezembro e parou as atividades da CODESA (Companhia de Docas do Espírito Santo) -- considerada o maior complexo portuário do país e do estado -- e também dos portos do Rio de Janeiro e de outras localidades.

“Assim como no dia 20 de dezembro amanhã será maior. Somos uma categoria diferenciada, somos de luta e continuaremos na luta. Neste dia 28 de janeiro, Dia do Portuário, faremos outra grande paralisação", diz o presidente da FNP e vice-presidente da CNTTL, Eduardo Guterra.

Entre as principais reivindicações dos portuários estão: a manutenção da Autoridade Portuária Pública; contra a extinção do trabalho avulso; pelo emprego dos trabalhadores (as) das operadoras e administrações portuárias, que abrange a força de trabalho desde o pessoal da limpeza, passando pelos administrativos e técnicos especializados até a guarda portuária.

Outras lutas são abertura de negociação nacional do Acordo Coletivo de Trabalho, bem como a preservação dos direitos da categoria que foram conquistados com muita luta pelos sindicatos dos Portuários e Federações.

Privatização da CODESA avança 

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas,  anunciou em janeiro a privatização da Codesa e dos portos de Vitória e Barra do Riacho, que ficam no litoral capixaba. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou o  edital de desestatização, que deverá ser feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério.

“A privatização da CODESA abre caminho para a venda de outros portos, ou seja, entregar à iniciativa privada (por vezes às empresas estrangeiras) as Autoridades Portuárias de norte a sul do Brasil. Com certeza, o empresariado interessado nessa fatia lucrativa da infraestrutura do país está em festa”, alerta o presidente do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro e diretor da CUT-RJ, Sergio Magalhães Giannetto.

O sindicalista explica que o momento cobra muita responsabilidade. “A negociação com o governo é pesada e difícil, precisamos deixar claro que nossa categoria está unida e disposta a enfrentar as adversidades em defesa da classe portuária”. 

As entidades representativas dos portuários anunciam mais paralisações e protestos para barrar a entrega do patrimônio brasileiro para iniciativa privada. Agora em fevereiro, está programada paralisação de 18 horas e em março de 24 horas.
 

 



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