Foto: Codesa-ES
A CNTTL publica a seguir artigo do Sindicato
Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport-ES)
sobre o movimento de luta da categoria contra desestatização
da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e dos portos de
Vitória e Barra do Riacho, que ficam no litoral capixaba.
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
aprovou no último dia (14) o edital de
desestatização, que deverá ser feito pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério da
Infraestrutura.
No artigo, o Sindicato reforça a luta em defesa dos empregos
dos portuários. Leia a seguir:
A privatização e a revitalização da consciência
histórica*
Ao contrário do que a grande mídia diz, a privatização da
Companhia de Docas do Espírito Santos (Codesa) não é garantia
de uma cidade revitalizada ou desenvolvida.
Tampouco trará todos os benefícios apontados, como competitividade,
mais cargas e mais trabalho. Vemos o oposto disso: aumento de
tarifas, fuga de cargas, perda de arrecadação municipal e estadual,
demissões e redução do mercado de trabalho.
Todo esse cenário vem sendo colocado em debate há anos pelo
Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo
(Suport-ES), seja por meio de fóruns, ciclos de palestras, reuniões
com entidades portuárias, prefeitos e parlamentares em geral, mas
que a imprensa se nega a divulgar, imprimindo um discurso pronto de
supostos benefícios à sociedade com a venda da Autoridade
Portuária.
Muitas dúvidas ainda pairam no ar, e no mar: como serão alcançados
esses avanços sociais, se o empresário que vai administrar o porto
tem como foco primordial garantir seu lucro será que ele vai olhar
para o espaço onde está inserido? Será que ele entende a história
da cidade e as transformações que o porto provoca na rotina dos
municípios? Será que ele conhece o trabalho portuário e o valor que
essa mão de obra especializada tem? Será que vai se preocupar em
revitalizar armazéns ou em aumentar tarifas?
A debandada do setor administrativo da Codesa para um prédio de
escritórios alugados na Enseada do Suá já dava sinais de que não
havia mais sintonia entre a atividade portuária e sua
história.
O abandono contribui a cada dia para degradar ainda mais o
patrimônio histórico, que deixa a desejar em termos de atrativos e
valorização, mesmo estando dentro de uma área portuária, de cara
para a baía de Vitória, bem no centro da capital.
É lamentável que o assunto só tenha sido retomado agora, como uma
obrigação para o novo administrador do porto, levando a prefeitura
a assumir sua responsabilidade de promover atividades culturais e
gastronômicas no local para fomentar o turismo e valorizar o centro
histórico.
Até então, nada havia sido feito para reconhecer a importância do
nosso patrimônio público, que mais uma vez está servindo de moeda
de negociação para que o lucro do setor privado seja garantido.
Os portuários estão unidos e conscientes de seu papel na geração de
empregos e no desenvolvimento das cidades, pois é o seu trabalho
que garante renda não só para as suas famílias, mas também para os
municípios, para o Estado e para o país.
Diretoria do Sindicato Unificado da
Orla Portuária do Espírito Santo (Suport-ES)
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL