“Vamos parar no dia 24 contra descaso do governo Dória que não cumpre palavra”, alerta Índio

Trabalhadores estão há dois anos sem reajuste salarial. Categoria também luta contra a privatização da estatal paulista que avança nos bastidores.

Por: Viviane Barbosa, Redação CNTTL
Publicação: 05/08/2021
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Ao microfone o presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Valmir de Lemos, o Índio, diretor da CNTTL. Observação: Foto tirada antes da pandemia de Covid-19 (crédito: Dino Santos)

Os ferroviários da CPTM  (Companhia Paulista de  Trens Metropolitanos) irão realizar paralisação a partir da meia noite desta terça-feira (24) nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade que operam na cidade de São Paulo. 

O movimento é organizado pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, que é filiado à FITF-CUT (Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários) e à CNTTL  (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística).

Segundo o Sindicato, essa decisão foi aprovada após o secretário de transportes de Dória (PSDB), Alexandre Baldy,  descumprir sua promessa de que não recorreria da decisão judicial sobre o reajuste salarial das campanhas salariais da categoria de 2020 e 2021. 

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) havia determinado o reajuste salarial de 3,72% em 2020 e 2021 e de 3,06% em 2022 para os 2.600 ferroviários, mas o governo estadual recorreu na Justiça para não pagar os aumentos.

A Ministra-Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, acatou ação do governo Dória e suspendeu o reajuste dos ferroviários, que estão sem receber nada desde 2019.

“Para nós isso é mau-caratismo. O governo estadual assumiu que não iria recorrer da decisão judicial, mas voltou atrás. O que está por trás dessa falta de compromisso com os trabalhadores é a intenção do governo Dória em privatizar a CPTM”, explica o presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Valmir de Lemos, mais conhecido como Índio, que é diretor da CNTTL.

Segundo o dirigente, a privatização da estatal paulista avança nos bastidores e o Grupo CCR, antiga Companhia de Concessões Rodoviárias, é a empresa cotada para assumir as linhas 11, 12 e 13.

Audiência na sede do Governo 

De forma desrespeitosa, o governo estadual não recebeu os dirigentes do Sindicato que foram ao Palácio dos Bandeirantes, a convite do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, para uma reunião na segunda-feira (9).

A CNTTL repudia a postura do governo Dória contra dirigentes do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, que ficaram esperando o diretor da CPTM, Pedro Moro, que não os recebeu.

Resistência

Índio, que é carioca e mora no Rio, estará em São Paulo no dia 23 para organização da paralisação e reforça que os ferroviários precisam estar mobilizados. 

“É importante termos resistência para lutarmos pelo reajuste salarial, que é importante para as famílias dos trabalhadores, mas também contra a privatização da CPTM, que sabemos se acontecer os ferroviários perderão seus postos de trabalho e a população pagará mais caro pelo transporte”, alerta.

Caso o governo estadual não cumpra o pagamento dos reajustes, os ferroviários permanecerão em greve por tempo indeterminado a partir do dia 24.  “Não acreditamos mais na palavra desse governo, agora tem que ser no papel”, ressalta Índio.

Transporte caro e desemprego

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) são as estatais públicas que estão na mira dos governos Bolsonaro, Dória (SP) e de outros governos estaduais, que querem privatizá-las, ou seja, vendê-las para a iniciativa privada.

Jerônimo Miranda Neto, presidente da FITF-CUT, disse que o impacto das privatizações será terrível para quem trabalha no setor e para os usuários. “Cerca de 80% desses trabalhadores e trabalhadoras perderão seus empregos. Os passageiros sofrerão com a queda na qualidade dos serviços e com o aumento nos preços das tarifas”, explica.

O sindicalista conta que é importante a unidade da categoria metroferroviária para barrar essa política de privatizações que, se for implementada será prejudicial para todos os brasileiros.  “É importante manter a gestão dessas empresas públicas na mão do Governo e buscar melhores condições para que sejam administradas e que prestem bons serviços aos usuários”, frisa.

Índio citou como exemplo de prejuízo a privatização no sistema de trens metropolitanos do Rio de Janeiro, que aconteceu em 1998. “Após 21 anos da privatização, os trens da SuperVia têm muitos problemas. O número de usuários caiu de 1 milhão para 500 mil e o preço da tarifa subiu”, relembra o dirigente.


 



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