Itamar Crispim/Fiocruz
A possibilidade de as mutações no novo coronavírus colocarem em risco a eficácia das vacinas, enfraquecendo a confiança na vacinação, foi afastada pelo coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio da Cunha. Em entrevista hoje (26) a Maria Teresa Cruz, do Jornal Brasil Atual, ele afirmou que há testes sendo feitos nos institutos de pesquisa, universidades e nas indústrias de vacina, que atestam o efeito. Na entrevista (confira íntegra abaixo), o pesquisador esclarece também outras dúvidas em relação à pandemia no Brasil
“Pesquisadores e a indústria de vacinas têm feito essa comparação entre o conteúdo dessas variantes e testando o efeito da vacina sobre elas. Até agora tem se mostrado altamente eficaz. Não precisa ter preocupação com isso.”, disse.
Cunha ressalvou, porém, que as mutações preocupam cientistas porque
podem exigir atualizações na formulação das vacinas. Apesar das
mutações serem aleatórias, o que faz com que elas aconteçam é
também a alta circulação do coronavírus, favorecida pelo número
elevado de casos. “Ou seja, a exemplo do que acontece com outros
vírus, quanto mais ele se multiplica entre pessoas de uma forma
livre, sem bloqueio de vacinas, maior a possibilidade dessa
multiplicação ir sendo alterada”.
Os laboratórios seguem atentos à necessidade de acompanhar essas
alterações. Também hoje, o governo da China anunciou que a
CoronaVac pode ser atualizada para novas cepas do coronavírus em
dois meses. O imunizante é produzido pelo laboratório Sinovac, em
parceria com o Instituto Butantan. Ontem, a farmacêutica Moderna
também disse que testaria uma vacina que já contém uma resposta à
variante sul-africana.
Mutações no Brasil
As notícias sobre as variantes do coronavírus preocupam
pesquisadores e autoridades de todo o mundo, principalmente no
Brasil. De pelo menos seis linhagens do vírus já identificadas
desde o início da pandemia, em março de 2020, três delas estão em
território nacional, onde o novo coronavírus circula com total
liberdade. Ainda em dezembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
observou uma nova variante do Sars-CoV-2 no país, a B.1.1.28, que
circulava junto às primeiras confirmações de casos de reinfecção do
coronavírus.
Na primeira semana de janeiro, pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), encontraram também, em outro caso de reinfecção, em Salvador, uma nova linhagem. Batizada de B.1.1.248, a variante tem a mesma mutação identificada inicialmente na África do Sul, a E484K. Dias depois, em 10 de janeiro, outra linhagem chegava ao conhecimento das autoridades brasileiras por meio do governo do Japão. O país notificou que quatro viajantes que desembarcaram em Tóquio, vindos do Amazonas, estavam infectados por uma nova cepa do vírus.
A variante trazia ainda uma alteração na proteína que permite a entrada do vírus nas células do corpo humano, já observada também no Reino Unido. E que, segundo hipóteses levantadas por cientistas, poderia ser ainda mais contagiosa. Três dias depois, a Fiocruz Amazônia com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e o Laboratório Central de Saúde Pública do estado (Lacen) também identificaram a nova cepa que circulava até então em Manaus. Hoje, no entanto, ela já é prevalente não só na capital, como também pelo interior do estado. Como mostra o estudo reportado pelas instituições ao jornal Folha de S. Paulo.
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