Agência Pública levanta 61 pedidos de impeachment na Câmara contra Bolsonaro

Nunca na história do Brasil um presidente cometeu tantos crimes de responsabilidade.

Por: Viviane Barbosa, Redação CNTTL
Publicação: 21/01/2021
Imagem de Agência Pública levanta 61 pedidos de impeachment na Câmara contra Bolsonaro

card deputado Rogério Correia

A Agência Pública listou de forma didática todos os 61 pedidos de impeachment atualmente na Mesa da Câmara dos Deputados. Nunca na história do Brasil um presidente cometeu tantos crimes de responsabilidade.

Entre os listados está o  60° pedido, de autoria do deputado Rogério Correia (PT), juntamente com a bancada do PT, por apologia à tortura, participação em atos contra a democracia e ameaças às eleições de 2022.

Nesses casos, Bolsonaro atentou contra o artigo 85 da Constituição e o artigo 9° da Lei de Impeachment. (Rogério Correia, deputado federal, PT-MG/Mandato Sempre na Luta)

> Saiba mais no levantamento da Agência Pública
 

Confira abaixo um resumo:

- Apoio a movimento popular com aglomeração (manifestação na Praça dos Poderes em que esteve presente)

- Estímulo a "erro no comportamento" com relação ao combate à pandemia (dezenas de lives e aparições públicas fazendo propagando da cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz)

- Omissão do número total de mortos na pandemia (no dia 5 de junho de 2020, o painel do Ministério da Saúde com informações sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil saiu do ar. O portal voltou a funcionar no dia seguinte com alterações: deixou de publicar o número total de mortos e infectados pelo vírus, divulgando apenas os casos das últimas 24 horas)

- Crime de apologia à tortura (“debochou e ironizou” em 28 de dezembro de 2020 a tortura sofrida pela ex-presidenta Dilma na ditadura militar)

- Participação em atos antidemocráticos pró-ditadura e contra o livre exercício dos poderes (manifestações de março e maio de 2020. Irresponsavelmente atentou contra o livre exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário) 

- Ameaças às futuras eleições de 2022 (atacou o “processo eleitoral brasileiro de 2018” e fez “ameaças às futuras eleições de 2022” ao se posicionar depois da invasão do Capitólio por eleitores trompistas, nos EUA)

- Ataques à imprensa

- Ataques as poderes legislativo e judiciário (ataques” à mídia, Poderes Legislativo e Judiciário, governadores e prefeitos, além de “apologias à ditadura militar”)

- Preconceito e discriminação contra negros, homossexuais, pessoas portadoras de doenças e de diferentes etnias (Bolsonaro não repreendeu um ministro que copiou “discurso nazista”)

- Conduta "irresponsável" na pandemia de covid (declaração de Bolsonaro em pronunciamento em 24 de março, no qual incita a população a agir contras as indicações de autoridades sanitárias e acusaria governadores e imprensa de mentirem à população)

- Prática de atos contrários a constituição

- Crimes contra a existência da união e ameaça aos três poderes

- Risco da soberania nacional e relações exteriores

- Postura indecorosa

- Crimes contra o meio ambiente e povos tradicionais (impunidade às mineradoras, ataques à indígenas e quilombolas, política de armamento, segurança alimentar e agrotóxicos, relativização da soberania brasileira e o caso Fabrício Queiroz)



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