CNTTL e entidades filiadas reforçam luta contra as privatizações e defesa das empresas brasileiras

Para construir um projeto de nação é fundamental uma política nacional de transporte que integre os diversos modais em benefício da população e do País

Por: Viviane Barbosa, Redação CNTTL
Publicação: 15/12/2020 às 11:38 - Atualização: 15/12/2020 às 11:45
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card: Mídia Consulte

A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), a FITF  (Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da CUT), a FNP (Federação Nacional dos Portuários)  e a FENTAC (Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil) se somam às entidades e organizações em defesa do serviço e das empresas brasileiras contra as privatizações, ação orquestrada pelos governos de Jair Bolsonaro (Ex-PSL) e de João Dória (PSDB). 

Uma pesquisa do Datafolha mostra que a maioria dos brasileiros é contra o programa de privatizações do governo de Jair Bolsonaro (Ex-PSL), que planeja se livrar do patrimônio público ainda este ano. De acordo com a pesquisa, 67% dos entrevistados são contrários à venda para o setor privado de estatais como Correios, Petrobras e Eletrobras, Banco do Brasil e Caixa.

No ramo dos transportes, estão na mira das privatizações as empresas públicas Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) , a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), a TRENSURB-SA (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre) e a CODESA (Companhia de Docas do Espírito Santo).

Nossas entidades, representativas dos trabalhadores e trabalhadoras em transportes no país,  repudiam a entrega de empresas públicas estratégicas e rentáveis ao capital privado. Para construir um projeto de nação é fundamental uma política nacional de transporte que integre os diversos modais em benefício da população e do País. É essencial o controle público e a intermodalidade com a definição de investimento em favor dos usuários, garantindo a manutenção e ampliação da malha existente. Também entendemos como viável e essencial em cidades com mais de 500 mil habitantes o transporte sobre trilhos. Porém, não inviabilizando Cidades com menor densidade demográfica a utilização de malhas férreas existente para cargas com trens urbanos.

Os únicos trens em operação são da Vale Vitória/Minas e Carajás que mantêm trens diários o restante foi desativado tanto pela RFFSA (Rede Ferroviária Federal) e FEPASA (Ferrovia Paulista S/A) na década de 1990, não considerando os trens turísticos. Seria importante a reativação dos trens intermunicipais prestando serviço à população, o que reaproximaria a Ferrovia da mesma.  No que tange às concessões das ferrovias realizadas na década de 90 se criou um grande monopólio das Operadoras Privadas, que selecionaram cargas e clientes operando basicamente como corredores de exportação desprezando o transporte de mercadorias interna no País, abandonando ou subutilizando 70% aproximadamente da malha concedida.

Temos que ter uma Empresa Nacional que opere e regule a Operação Ferroviária Nacional, tendo até operação privada compartilhada, mas, com o controle Estatal para garantir os interesses da Nação, bem como a retomada das concessões, a cobrança de indenizações e a reativação das malhas abandonadas.
Devemos ter como prioridade investir em ferrovias de caráter de integração Nacional e Latino Americana como o Corredor Bioceânico são alternativas para a integração da infraestrutura regional Sul-Americana que visa ligar os litorais do Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.

Somos a favor que as empresa públicas permaneçam sob o controle do Estado, que detenham e determinem suas atividades econômicas com visão da importância desenvolvimentista.

A FITF  (Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da CUT) está ingressando com ações judiciais, a fim de barrar a privatização da CBTU e também organizará mobilizações nas suas bases e fará articulações com parlamentares e com sociedade civil organizada para barrar esse retrocesso das privatizações. O Sindicato dos Portuários do Espírito Santo está realizando ciclo de palestras, Rodas de Conversas, com a categoria visando conscientizar sobre a importância da defesa do porto público e a luta em defesa dos empregos e direitos. O SINA (Sindicato Nacional dos Aeroportuários) ingressou com ações na Justiça para barrar a onda de demissões arbitrárias e desumanas na Infraero. 

Nossa luta em defesa do serviço público, dos empregos e direitos e contra as privatizações é permanente!

Assinam:

CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística)
FITF-CUT (Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da CUT)
FNP ((Federação Nacional dos Portuários da CUT) 
FENTAC (Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil da CUT)



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

Redação CNTTL
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