Trabalhadores portuários do Terminal Salineiro de Areia Branca,
mais conhecido como Porto-Ilha no Rio Grande do Norte, decretaram
greve por tempo indeterminado na quinta-feira, 10 de setembro.
Eles reivindicam, entre outros pontos, uma resposta da Companhia
Docas do Rio Grande do Norte (Codern) sobre o futuro arrendamento
do terminal.
Mais de 100 trabalhadores podem ser demitidos, segundo estimativa
do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Portuários do estado
(Sinporn). O Porto-Ilha está entre os 11 ativos de infraestrutura
de transportes colocados para arrendamento pelo governo Bolsonaro
em junho passado.
“A tendência é que todos os atuais portuários sejam demitidos com a chegada do arrendatário. Já enviamos ofício com questionamentos pois precisamos de uma definição”, destaca o presidente do Sinporn, Pablo Barros.
Na pauta de reivindicações também está o fim de condições precárias de trabalho, exoneração do gerente Roberto Santoyo - acusado de práticas de assédio moral, cumprimento das escalas de trabalho previstas no acordo coletivo, fim da terceirização ilegal de trabalhadores e fim do cerceamento de acesso aos dirigentes sindicais às instalações da Codern.
Além de não negociar com o Sindicato, a estatal federal entrou na justiça para acabar com o movimento grevista, mas foi derrotada.
“A luta segue em defesa dos empregos, dos trabalhadores e do Porto-Ilha, que é patrimônio do povo de Areia Branca, do Rio Grande do Norte e do Brasil”, reforça o Sindicato.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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