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Na aviação civil, o assédio moral sempre foi lamentavelmente alvo de denúncias dos trabalhadores contra suas chefias e gestores. Essa prática ilegal e covarde que expõe o funcionário (a) ao vexame e constrangimento moral aumentou neste tempo de pandemia de COVID-19, segundo informa o SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários).
Agora a exposição é virtual, segundo denúncias recebidas
pelo Sindicato gestores estão cobrando
a participação dos funcionários em grupos de WhatsApp e
WorkPlace fora do horário de trabalho.
Patrícia Gomes, diretora sindical responsável pelos aeroportos da
região sul do Brasil, entrou com denúncias no MPT (Ministério
Público do Trabalho) contra a Gol e Azul, pela prática irregular
das chefias.
Segundo o advogado trabalhista Álvaro Quintão, responsável pela assessoria jurídica do SNA, a cobrança fora do horário de trabalho pode ser considerada assédio moral ou sobreaviso. “No caso do sobreaviso, o trabalhador tem direito a receber uma adicional no salário por ficar acessível à empresa fora de sua jornada. É diferente das horas extras, já que ele está em casa no aguardo de ordens de trabalho”, explica.
A sindicalista conta que as empresas já foram questionadas se o WhatsApp é uma ferramenta oficial de trabalho, mas não houve retorno. “Algumas gestões adotaram a política de exigir que funcionários sejam mais ativos nos grupos, fora de sua jornada laboral, ou insistem em debater por mensagens temas relacionados ao trabalho, quando o profissional está descansando em casa”, conta a diretora do SNA. Ela cita casos como o de profissionais que denunciaram notificações por parte da empresa por não atenderem chamadas em plena madrugada.
Antes de acionar o MPT, a direção do SNA enviou ofícios e e-mails para a direção das companhias aéreas, sem qualquer retorno. A denúncia abrange as empresas Gol e Azul dos aeroportos da região sul cobertos pelos SNA. Quem tiver casos similares em outras gestões que sejam base deste Sindicato, deve acionar um representante sindical e notificar o caso. A identidade do funcionário fica protegida.
Assédio moral
Segundo Patrícia, há casos de funcionários que relatam ouvir dos
gestores frases como: “Você sabe como o mercado está, né? Com a
pandemia, agradeça por manter o seu emprego”. A coação é tão comum
e aparentemente sutil, que os profissionais sequer têm a
compreensão de que sofrem assédio moral.
“Este tipo de discurso funciona como uma ameaça velada que pode desestabilizar o aeroviário, principalmente em um momento tão delicado da aviação civil. Trabalhadores e trabalhadoras precisam entender que a prática é considerada assédio moral, passível de processo jurídico contra a empresa e contra o gestor”, explica Patrícia, diretora do SNA.
– Denúncias sobre assédio moral;
– Insistência na participação ativa em grupos de WhatsApp e demais
redes sociais;
– Cobranças por mensagens fora do horário de trabalho;
Devem ser direcionadas aos representantes sindicais de suas
bases. Segundo o SNA, os aeroviários também podem encaminhar
relatos para o e-mail atendimento@sna.org.br. A identidade do
trabalhador fica preservada.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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Tags: #assédio moral #mpt #aeroviários #sna
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