A pressão
dos trabalhadores e trabalhadoras cutistas finalmente deu
resultado. Apesar da resistência da classe patronal, a Comissão
Tripartite de Relações Internacionais do Ministério do Trabalho e
Emprego, formada por governo, três centrais sindicais – CUT, CTB e
CGTB – e empresários aprovou na sexta-feira, 11 de dezembro, a
Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A
medida agora segue para a Câmara, depois para o Senado e
posteriormente o Congresso Nacional decidirá sobre a ratificação.
Criada em 1981 pela OIT, a convenção garante a igualdade de
oportunidades e de tratamento para os trabalhadores dos dois sexos
com responsabilidades familiares. Entre outros pontos, define que
homens e mulheres não podem ter o acesso negado ao emprego ou à
promoção por terem filhos.
Primeiro
passo contra a
desigualdade
A ratificação da 156, uma luta histórica da CUT, é mais um
instrumento no combate às distorções no ambiente profissional.
Conforme destaca pesquisa do Dieese, divulgada em março de 2009, o
rendimento médio por hora de trabalho das mulheres casadas com
filhos é de R$ 5,89, contra R$ 6,91 daquelas sem filhos e R$ 5,39
das solteiras sem filhos. A taxa de desemprego das que não possuem
filhos (13,1%) também é menor do que a das que possuem (15,6%),
comprovando a preferência dos empregadores por aquelas que não
tenham de realizar a chamada dupla jornada. Na prática, a equidade
de oportunidades colaborará para estabelecer a divisão de
responsabilidades familiares e, conseqüentemente, para que as
mulheres tenham mais tempo e possam se dedicar à qualificação e ao
descanso. A aprovação permitirá ainda avanços como a criação de
projetos de lei complementares que tratem da igualdade salarial e
da licença-maternidade. Para a secretária da mulher trabalhadora da
CUT, Rosane Silva, o envio da convenção ao Congresso é apenas o
primeiro passo. “A luta pelo fim da discriminação contra a mulher é
de toda a classe trabalhadora e não apenas das mulheres. Se
realmente queremos uma sociedade mais justa e igualitária, devemos
combinar a defesa de ações como a redução da jornada sem redução de
salário com medidas que promovam a igualdade como a ratificação da
156 e a efetiva implementação da Convenção 100 da OIT, que trata da
remuneração igual para trabalho de igual valor”, apontou. Ela
destacou, contudo, que a jornada será árdua. “Basta ver que durante
todo o processo de discussão os empresários se colocaram contra
essa e qualquer outra convenção porque acreditam que a OIT já
passou dessa fase de ficar ditando parâmetros legais, conforme
afirmaram”, ressaltou Rosane.
Licença
maternidade: audiência com
Dilma
Rosana disse ainda que em 2009 a Central intensificará o debate
sobre igualdade de oportunidade na vida, no trabalho e no movimento
sindical, tema de uma das campanhas que a CUT relançou no início de
dezembro. Também no início deste mês, a entidade solicitou à
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, uma audiência para
tratar da Lei 11.770, que aumenta a licença maternidade de 120 para
180 dias. Sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em
2008, a medida entra em vigor para a iniciativa privada em 2010 e
oferece benefícios fiscais às empresas que aderirem à extensão.
“Vamos conversar com a ministra porque desejamos que o maior número
possível de trabalhadoras possam se beneficiar desta medida, por
isso defendemos que o aumento da licença seja um benefício
estendido à todas as trabalhadoras, e não apenas às empresas que
optem por participar do Programa”, defende.
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