Aumento nos pedágios: “É um crime para o bolso dos caminhoneiros”

A afirmação é do presidente da Antrac, filiado à CNTT/CUT, Benedito Pantalhão


Publicação: 04/07/2014
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Trafegar nas rodovias paulistas está mais caro. Desde o dia 1º de julho, as tarifas de pedágios aumentaram 8,57% nas 144 praças instaladas em 6,3 mil km de estradas privatizadas há 15 anos pelo governo estadual do PSDB.

A notícia não agradou a Associação Nacional dos Caminhoneiros Autônomos (Antrac), filiada à CNTT/CUT que representa cerca de 150 mil trabalhadores.

Em entrevista ao Portal da CNTT, o presidente da entidade Benedito Pantalhão comentou sobre o impacto do aumento para a categoria. “Alckmin adiou no ano passado o reajuste dos pedágios em razão das manifestações populares ocorridas em junho. Mas nós caminhoneiros arcamos com o aumento salgado de 18,5%”, disse.

Ele explica que com mais os 8% deste ano, são 26 % de reajuste, esse valor é o quádruplo da inflação. "É completamente abusivo, é um crime”, completou.

Pantalhão também destaca que esse aumento abusivo põe em risco a profissão. “Do jeito que as coisas andam, corremos o risco de trabalharmos para os donos das concessionárias”, conclui.

 

Lucro para alguns

Fazendo as contas, se o cancelamento fosse cumprido pelo governador, o aumento deveria ser, então, de 6,37%, no máximo, considerando apenas o IPC de 2014. Com os 8,57% anunciados, significa que o valor foi reajustado em 2,2 pontos percentuais acima do IPC registrado nesse ano.

O Custo alto paga lucro exorbitante às concessionárias - Mesmo com o “congelamento” da tarifa no ano passado, números da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) mostram que as 19 concessionárias das rodovias privatizadas faturaram R$ 8,2 bilhões em 2013, ou R$ 800 milhões a mais que os R$ 7,4 bilhões arrecadados em 2012. Só a receita anual dessas empresas ultrapassa o total de R$ 8 bilhões investidos na reforma e construção dos 12 estádios para a Copa do Mundo.

A exorbitância desses lucros é alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Pedágios na Assembleia Legislativa paulista, liderada pela bancada do PT, que investiga se as tarifas cobradas estão em consonância com os critérios definidos nos editais de licitação. Auditoria da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) constatou um erro na metodologia para realizar aditivos, prorrogando o prazo de vigência de contratos de concessão, o que resultaria às empresas um lucro indevido de R$ 2 bilhões até 2012.

O erro é reconhecido por Alckmin, mas, em reunião da CPI dos Pedágios no último dia 25 de junho, a base governista do PSDB rejeitou requerimento da bancada petista que solicitava a suspensão dos reajustes ao governador.

 

Redação CNTT com informações da CUT



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