Os espaços de representação política
feminina não aumentarão sem uma ampla e profunda reforma do atual
sistema político brasileiro. Por isso, o engajamento cutista para a
realização do Plebiscito pela Constituinte Exclusiva e Soberana do
Sistema Político foi um dos temas debatidos na manhã de quarta (2),
na reunião do Coletivo Estadual de Mulheres da CUT São Paulo.
“Sem uma reforma política, não vamos ocupar nossos espaços nos
municípios, Estados e no Congresso Nacional", frisou Sônia
Auxiliadora, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP na
apresentação das propostas de ação. Outro destaque feito pela
dirigente foi quanto à responsabilidade feminina nas eleições de
2014, para defesa da pauta da classe trabalhadora, pela garantia
dos direitos e por novas conquistas, com destaque para a promoção
da igualdade de gênero.
Representação e 8 anos da Lei Maria da Penha
As mulheres ocupam apenas 9% dos mandatos na Câmara dos Deputados e
12% no Senado, segundo dados do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar (Diap). Além de maior representação
feminina, o Plebiscito também tem como bandeiras: mais espaço aos
negros/as, indígenas e minorias, fortalecimento da participação
social e financiamento público de campanha. “Só construímos
história se desafiarmos a discriminação. As mudanças passam por
esse Coletivo, pois as militantes cutistas têm elevado grau de
consciência e esse é o papel da Central", pontuou Adi do Santos
Lima, presidente da CUT/SP na abertura da atividade.
Também foram discutidas sugestões e encaminhamentos à Plenária
Estatutária da CUT Nacional, que ocorrerá em Guarulhos no final
deste mês, bem como atividades como os 8 anos da Lei Maria da
Penha, que se completam no dia 7 de agosto.
Rosana Sousa de Deus, da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT
Nacional, apresentou o calendário de mobilizações, entre os quais a
Ação das Mulheres da CUT 2015, que está em processo de construção
com entidades parceiras, e a realização do 8º Encontro Nacional da
Mulher Trabalhadora, previsto para o final do ano e que será
precedido por encontros estaduais da Central.
Mobilizar para transformar
Os sindicatos são cruciais para divulgar a importância do
Plebiscito junto aos trabalhadores/as e a toda a população,
ressaltaram Adriana Magalhães e João Batista Gomes,
respectivamente, secretária de Imprensa e secretário de Políticas
Sociais da CUT São Paulo.
"Temos capilaridade, estamos em todas as regiões e é preciso ter
urnas em cada sindicato e nos movimentos sociais para alcançarmos
as 10 milhões de assinaturas necessárias ao Plebiscito", defendeu
Adriana.
A dirigente ressaltou, ainda, a importância da campanha que coleta
assinaturas ao projeto de lei para democratizar os meios de
comunicação no Brasil. “O sistema eleitoral brasileiro é
herdado da ditadura militar e a CUT, desde 2011, bem antes das
manifestações de junho do ano passado, já fazia o debate sobre a
importância dessa reforma para a mudança das instituições", lembrou
Gomes.
Plebiscito
A proposta do Plebiscito tem origem nos protestos de junho 2013,
quando a população tomou as ruas reivindicando mais investimentos
em serviços públicos e mudanças nas instituições que representam a
sociedade.
Na época, a presidenta Dilma Rousseff propôs pactos nas áreas da
saúde, transporte, educação, responsabilidade fiscal e reforma
política - mas, como esta última pauta foi ignorada pelos
parlamentares, o caminho foi a iniciativa popular de um plebiscito,
que garanta uma Constituinte tratando exclusivamente da mudança do
sistema político.
A consulta do Plebiscito pela defesa de uma Constituinte Exclusiva
e Soberana será de 1º a sete de setembro, quando a população
responderá a uma única pergunta em urnas espalhadas por todas as
regiões do estado: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e
soberana sobre o sistema político?”
A CUT e os movimentos sociais estão mobilizados, promovendo debates
e formação em todo o país.
Reunião Coletivo
A reunião do Coletivo Estadual de Mulheres da CUT/SP contou com a
presença de dirigentes dos ramos financeiro; metalúrgico; químico;
agricultura familiar; transporte, do vestuário; educação; serviço
público municipal; seguridade social e urbanitários, entre
outros.
Com informações da CUT/SP
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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