A Companhia do Metropolitano de São Paulo foi autuada, nesta sexta
(13), pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego por
atitude anti-sindical devido à demissão de trabalhadores em meio à
greve da categoria.
“O metrô tinha meios jurídicos para fazer valer a decisão do
Tribunal Regional do Trabalho. Mandar embora 42 trabalhadores sem
nem dizer qual a justa causa que está sendo alegada é abuso de
direitos'', afirmou Renato Bignami, auditor fiscal do trabalho
responsável pelo caso. “Uma greve é conflitiva por natureza. Não é
correto a empresa se valer de seu poder hierárquico e mandar embora
42 trabalhadores diretamente envolvidos na greve. Isso é aviltar os
direitos dos trabalhadores'', explica.
O auto de infração afirma que a dispensa por justa causa de 42
trabalhadores, alguns dos quais dirigentes sindicais, “adquire
contornos de desproporcionalidade, notadamente tendo em vista a
decisão judicial editada em favor da empresa''.
O impacto financeiro é mínimo dado que o valor da autuação é baixo
(R$ 8.050.55) e, além disso, cabe recurso. Contudo, ela significa
que o Ministério do Trabalho e Emprego vê as demissões de
trabalhadores durante a greve como abusivas. Ou seja, isso ajuda a
reabrir a discussão sobre a legitimidade das demissões do metrô e
contribui com o argumento da defesa dos
trabalhadores.
“O ato terminativo dos 42 contratos de trabalho por justa causa dos
empregados acabou, assim, aparentando uma medida de caráter
persecutório que poderia possuir o condão da vingança ou
perseguição à categoria, incabíveis neste momento de conflito.''
Segundo o auto, a empresa contraria convenções da Organização
Internacional do Trabalho, atentando contra a liberdade
sindical.
A greve dos metroviários de São Paulo começou no dia 5 de junho e
foi suspensa na última quarta (11). Eles reivindicavam um aumento
de 12,2% e o governo estadual chegou a propor 8,7% – mesmo índice
sugerido pelo Tribunal Regional do Trabalho. Os trabalhadores
ameaçam parar novamente caso os 42 demitidos não sejam reintegrados
sem sanções.
Fonte: CUT
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