A
paralisação de 24 horas que os portuários promoveram na
quinta-feira, 30, nos terminais portuários de Alagoas, Bahia,
Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte já
apontou os primeiros avanços e abriu negociação sobre a pauta de
reivindicações.
Os trabalhadores, que atuam em atividades típicas do Estado como
segurança, entrada e saída de veículos e autorização para o
embarque e desembarque, cruzaram os braços para cobrar a criação de
barreiras para a terceirização da Guarda Portuária, a reformulação
do plano de cargos e salários (PCS) das empresas e uma definição
sobre o plano de previdência complementar da categoria, o
Portus.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Portuários
(FNP), Eduardo Guterra, as empresas portuárias já começaram a
discutir com a Secretaria de Portos e com o Ministério do
Planejamento a reformulação dos PCS. A FNP também se reunirá entre
esta sexta, 31, e a próxima segunda, 3 de fevereiro, para discutir
entraves à privatização da guarda.
“Na MP dos Portos (Medida Provisóaria nº 595), ficou definido que a
Guarda Portuária seria regulamentada pela Secretaria dos Portos,
que tem recebido pressão para permitir a terceirização. E isso,
além de fragilizar a segurança no controle do acesso aos terminais
portuários, também abre brecha para que qualquer setor seja
terceirizado, já que esta função é papel do Estado e seria delegada
à iniciativa privada”, afirmou Guterra.
Portus
Um dia antes da mobilização, a FNP se reuniu com a Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc), responsável por
fiscalizar e regular as entidades de previdência complementar no
país.
A intervenção sobre o plano, que já dura mais de quatro anos,
permanecerá por mais 60 dias, prazo que a Previc estabeleceu para
resolver a questão.
“A intervenção terminava hoje (30), mas resolveram prorrogar por
mais um tempo e isso dá um fôlego para começar a discutir uma
estratégia mais aguda. O objetivo, segundo a própria
superintendência é para achar uma solução para os problema”, disse
Guterra.
O fundo de pensão complementar dos portuários é dividido entre as
administradoras portuárias e os trabalhadores, mas as
patrocinadoras (Companhias Docas) e a União estão em débito. A
estimativa da FNP é que ultrapasse R$ 4 bilhões.
A dívida sobre os benefícios afeta 11 mil ativos e pensionistas.
Com os dependentes, considerando três pessoas por família, o número
chegaria a mais de 30 mil pessoas.
De acordo com o superintendente da Previc, José Maria Rabelo, o
maior problema para resolver o impasse é o reconhecimento do valor
da dívida pelo governo federal. “Ainda não há consenso do governo
quanto aos números do Portus”, afirmou.
Avaliação sobre a greve
A FNP fará uma avaliação da greve nos próximos dias 5 e 6 para
verificar quais rumos serão adotados pela
categoria.
Com informações da CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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