A vacina
contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer
de colo do útero, passa a ser ofertada no Sistema Único de Saúde
(SUS) a partir de 10 de março, para meninas de 11 a 13 anos. A
estratégia de vacinação nas unidades da rede pública do país e nas
escolas, além da campanha de mobilização ao público-alvo, foram
apresentadas, na quarta-feira, 22, pelo ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
A vacina estará disponível nos 36 mil postos da rede pública
durante todo o ano, como parte da rotina de imunização. O
Ministério da Saúde, no entanto, está incentivando às secretarias
estaduais e municipais de saúde que promovam, em parceria com as
secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e
privadas. Para orientar esta mobilização, já foi distribuído
informe técnico aos estados e municípios e, em fevereiro, inicia a
capacitação a distância aos profissionais de saúde e professores.
Também está previsto reforço nas escolas sobre a importância da
vacina para adolescentes, pais e professores, com distribuição do
Guia Prático sobre HPV.
Conscientização e prevenção
Ao anunciar a estratégia de vacinação, o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, ressaltou a importância desta ação nas escolas.
“A experiência mundial mostra que, quando combinamos vacinação com
ambiente escolar, são alcançadas maiores coberturas”, ressaltou
Padilha. O ministro aproveitou para fazer um apelo a entidades da
sociedade civil e as igrejas para que ajudem no processo de
conscientização, não apenas das meninas como também de seus pais
sobre a importância desta imunização.
O ministro também explicou por que foi escolhida a faixa-etária de
9 a 13 anos para ser imunizada. “Esta é a faixa-etária em que a
vacina contra HPV tem a melhor resposta. Nesta fase, a menina
pré-adoelescente que tomar a vacina vai gerar mais anticorpos para
se proteger contra o câncer de colo do útero”, observou
Padilha.
Doses
Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou
documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três
doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses
depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Neste ano,
será vacinado o primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina
passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016
às meninas de 9 anos.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo,
composto por 5,2 milhões de meninas. O vírus HPV é uma das
principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero -
terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as
mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto.
Monitoramento
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla
Domingues, explicou que a vacina contra HPV é uma mais eficazes do
Calendário Nacional, com proteção de 98% contra o câncer do colo do
útero. “Vamos fazer um monitoramento de todas as doses aplicadas
nas meninas e busca ativa para garantir o complemento do calendário
vacinal”, afirmou a coordenadora.
Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15
milhões de doses. Será utilizada a vacina quadrivalente,
recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que
confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os
subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de
câncer de colo do útero em todo mundo.

Campanha
O Ministério da Saúde preparou uma campanha informativa para
orientar a população sobre a importância da prevenção contra o
câncer do colo de útero. Com tema “Cada menina é de um jeito, mas
todas precisam de proteção”, as peças convocam as meninas para se
vacinar. Na campanha, as mulheres também são alertadas de que a
prevenção do câncer de colo do útero deve ser permanente. As
informações serão veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio,
filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campanhas na
internet, especialmente nas redes sociais.
Parceria
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde
firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o
Butantan e o Merck. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 41
milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário
para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro.
A PDP possibilitou uma economia estimada de R$ 83,5 milhões na
compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por
dose, o menor preço já praticado no mercado.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos
Gadelha, ressaltou a importância da parceria para o SUS. “A
transferência de tecnologia da vacina contra HPV é um marco dentro
da política de desenvolvimento produtivo. Quando temos
disponibilidade destas vacinas por produtores nacionais,
conseguimos garantir autonomia tecnológica, reduzindo a
vulnerabilidade do SUS”, observou Gadelha.
Avaliação
O Ministério da Saúde vai realizar estudos sobre o impacto da
incorporação da vacina no SUS para avaliar a redução da prevalência
de HPV em adolescentes. Também serão desenvolvidos estudos
epidemiológicos com objetivo de monitorar a incidência e
mortalidade do câncer do colo do útero, entre outras análises.
Segurança
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres
que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram
nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de
saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de
imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas
cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua
segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre
Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Sobre o HPV
É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas
infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido
da mãe para filho no momento do parto.
Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões
de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas
pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero,
estimativas apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à
doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o
surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos. O
Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos
64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A
vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso
do preservativo nas relações sexuais.
Redação com Ministério
da Saúde
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL