Dependentes
de crack que participam do Programa de Braços Abertos da prefeitura
começaram nesta quinta-feira, 16, o trabalho de limpeza de ruas,
calçadas e praças na região central da cidade. Como parte das ações
do programa, os usuários foram removidos na quarta, 15, da favela
montada na região da Cracolândia e encaminhados para hotéis
próximos. No dia seguinte à remoção, a Alameda Dino Bueno, onde
estava instalada a favela, não tinha mais barracos nesta manhã.
Porém, usuários ainda perambulavam pelas imediações e alguns
barracos permaneciam montados em ruas próximas.
Os dependentes que aceitaram o programa se reuniram por volta das
9h desta quinta na tenda, na Rua Helvétia, para receber as
orientações sobre o trabalho. Mais de 80 participantes formaram
filas e começaram o serviço de varrição das
ruas.
(Foto: Prefeito foi
'entrevistado' por pessoas que aderiram a programa - crédito:
Reginaldo Castro/Folhapress)
Esperança
Rogério Araújo Nascimento era um dos mais animados. Ele acredita
que vai conseguir desempenhar bem o serviço. “Eu já fazia
reciclagem, já trabalhava 24 horas na rua”. Esperançoso, o
dependente disse que usou crack ontem pela última vez e que até já
jogou fora o seu cachimbo, pois pretende largar a droga. “Foi bom
[no hotel]. Dormi ontem a tarde inteira” disse.
Essa é a segunda vez que Rogério tenta abandonar o crack, antes não
deu certo porque ele “desanimou”. Ele contou que as más influências
de amizades o levaram à droga. Rogério disse que o cheiro do crack
na região da cracolândia atrapalha a recuperação, mas ver que todos
estão juntos tentando abandonar a droga o motiva. “E trabalhar vai
distrair a mente”, acrescentou.
O prefeito Fernando Haddad esteve no local e conversou com alguns
dependentes. Um deles, Márcio Alan, contou a rotina ao prefeito:
“Nem hoje nem ontem eu usei droga. Com dinheiro no bolso, fui
descansar, dormi melhor, tomei um banho, fiz a minha higiene. E vou
ganhar o meu [dinheiro] honestamente”, afirmou.
Trabalho
O serviço de limpeza tem duração de quatro horas diárias. Cada
usuário vai receber bolsa de um salário mínimo e meio, o que inclui
os gastos com alimentação, hospedagem, além do pagamento de R$ 15
por dia de trabalho. O pagamento, segundo Haddad, vai ser feito
semanalmente. “O trabalho é para que eles tenham uma renda mínima
para comprar um sapato, uma meia, uma pasta de dente, cortar o
cabelo, uma coisa mínima a que todo ser humano tem direito”,
disse.
Haddad declarou que as ações da prefeitura já mudaram a
cracolândia. “Em dois dias, nós conseguimos mudar a cara da região
e integrá-los [os dependentes] numa frente de trabalho, com
tratamento médico”, disse.
Com informações da Agência Brasil
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