Na primeira
reunião de 2014, a CUT e as demais centrais sindicais decidiram
realizar um ato unificado no próximo dia 9 de abril. Ainda sem
local e horário definidos, a mobilização tratará da pauta que foi
entregue em 2013 à presidenta Dilma Rousseff e não avançou.
(Foto: Reunião das
centrais - crédito: Roberto Parizotti)
Na agenda estão reivindicações como a redução da jornada de
trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o fim do
fator previdenciário e a regulamentação da negociação com os
servidores públicos.
As centrais também cobrarão uma audiência com a presidenta até o
final do mês para discutir os temas que a classe trabalhadora não
abre mão de ver avançar. “Essa reunião reafirmou a unidade da
classe trabalhadora e que, independente das eleições, iremos manter
a pressão e a mobilização para que as propostas que começamos a
discutir em 2013 tenham um desdobramento”, afirmou o Secretário
Geral da CUT, Sérgio Nobre.
Eleições
De acordo com o dirigente, o momento é propício para os
trabalhadores apresentarem uma avaliação sobre a conjuntura e
colocar na mesa as expectativas em relação ao próximo governo.
“Temos preocupação com a política econômica e industrial: não
concordamos com o aumento de juros, não concordamos que o Brasil
faça o inverso dos países mais desenvolvidos, importando produtos
de alta tecnologia e exportando manufaturados. Porque esse cenário
compromete o nosso desenvolvimento. Queremos ainda que a reforma
agrária ande, que o governo tome medidas para combate a
rotatividade e não aceitaremos retrocessos na política de
valorização do salário mínimo”, pontuou.
Ainda em relação às eleições, afirmou Nobre, as centrais
construirão uma agenda unitária para entregar aos candidatos,
independente de quais apoiarem.
Copa
Secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo,
falou sobre o Anteprojeto de Lei para Contrato de Trabalho de Curta
Duração costurado entre o governo e empresários.
Com o argumento de suprir as demandas para os grandes eventos como
a Copa do Mundo, o modelo permitiria ao empregador contratar por
até 14 dias num mês e 60 dias num ano sem necessidade de assinar a
carteira de trabalho. A medida apresentada pelo governo em reunião
do Conselho de Relações do Trabalho na terça-feira, 14, foi
rechaçada pelas centrais, que irão apresentar uma contraproposta .
“Havíamos acordado com os empresários e o governo, na mesa de
diálogo tripartite para Construção do Compromisso Nacional do
Turismo, que vem debatendo as condições de trabalho para o período
de grandes eventos, que não haveria precarização. O que nos
surpreendeu foi a apresentação dessa proposta, a partir da
articulação entre empresários e governo federal, que é
contraditória ao que foi negociado. Somos contra, inclusive, porque
remete a mudanças na CLT e cria mais um modelo de contratação no
Brasil para ampliar a precarização. Poderemos ter um trabalhador
por semana durante vários meses, sem que tenha registro na
carteira”, criticou.
Para o diretor Executivo da CUT, Júlio Turra, as centrais devem
estar atentas para defender os direitos dos trabalhadores,
especialmente nesta reta final das obras. “Tivemos casos de
trabalhadores que morreram e, como em alguns estados a construção
está atrasada, vão acelerar o processo e podemos ter mais
problemas. Às centrais compete revindicar os trabalhadores e não
aceitar que a Copa deixa um legado negativo”, falou.
Ditadura
Turra também lembrou que em 2014 o Brasil relembra os 50 anos do
golpe militar de 1964 e tratou da importância de as centrais
estarem unidas na Comissão da Verdade para cobrar justiça e
reparação aos trabalhadores perseguidos, torturados e assassinados
pela ditadura. “Temos que promover manifestações públicas para
marcar este ano”, sugeriu.
Ministério Público
A reunião definiu ainda a criação de um grupo de trabalho para
discutir a ingerência do Ministério Público no funcionamento das
entidades sindicais, desde a forma de sustentação até as eleições.
A expectativa é que os trabalhos comecem na próxima semana e
definam um documento para apresentar ao Poder Judiciário.
Com informações da CUT
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