Os alunos
de autoescolas, que irão tirar carteira de motorista na categoria
B, terão que usar um simulador de direção antes das aulas práticas.
A obrigatoriedade, prevista em resolução do Conselho Nacional de
Trânsito, entrou em vigor na terça-feira, 31. De acordo com o
conselho, o uso do equipamento vai complementar a formação dos
condutores, permitindo sua exposição a situações virtuais sem
comprometer a segurança e a integridade do motorista e de seu
instrutor. Pela nova regra, após as aulas teóricas, os alunos
deverão ter cinco horas de treinamento com o simulador para, só
depois, começarem as aulas de direção nas ruas. (Foto: Adriana
Marinelli)
Redução de acidentes
Estudos realizados pelo National Center Injury, dos Estados Unidos,
indicam que o uso do simulador pode reduzir até à metade o número
de acidentes nos primeiros 24 meses de habilitação. No Brasil, o
protótipo do modelo ideal de simulador de direção foi desenvolvido
a partir de estudos feitos na Universidade Federal de Santa
Catarina. Os estudos comprovaram que os caminhoneiros que tiveram
aulas com o uso do simulador provocaram menos acidentes após
obtenção da carteira do que aqueles que não fizeram uso do
equipamento.
De acordo com o Ministério das Cidades, a maior parte dos acidentes
está associada à imprudência ao volante, que engloba desobediência
à sinalização, abuso da velocidade e direção sob efeito de álcool.
Outra parcela dos acidentes ocorridos no Brasil credita-se à falta
de competências para a direção. "Com o uso do simulador, os
pretendentes à obtenção da permissão para dirigir na categoria B
poderão passar por simulações que permitam verificar, antes das
aulas práticas, se o condutor tem domínio do veículo, dirigindo-o
com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, em
condições normais ou adversas e situações imprevistas ou de
emergência, conforme as normas gerais de circulação e conduta
previstas no Capítulo III do Código de Trânsito Brasileiro",
informa o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Educação no trânsito
O diretor da AutoEscola Brasiliense, rede que conta com 15 unidades
no Distrito Federal e em Goiás, Luciano Santos, disse não acreditar
que o uso do simulador vá melhorar a formação dos condutores. Para
ele, o que falta aos motoristas é "educação no trânsito". Ele
também lamenta que a obrigatoriedade vá provocar reajuste nos
valores cobrados pelas autoescolas, embora não tenha uma estimativa
do percentual de aumento. "A forma como a formação é feita
atualmente é suficiente. Acho que é ilusão pensar que o equipamento
vai trazer melhorais em relação ao ensino. O aluno aprende é na
prática, no volante, no trânsito. O que o motorista precisa
aperfeiçoar é a educação ao dirigir, obedecendo às regras,
respeitando limites de velocidade e não fazendo do volante uma
arma", ressaltou ele, que vai ter que correr para se adaptar à nova
exigência "nos primeiros dias de janeiro" e adquirir os
simuladores.
De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito, os Centros de
Formação de Condutores somente poderão utilizar simulador de
direção previamente certificado e posteriormente homologado pelo
Denatran, que será responsável pela fiscalização do cumprimento dos
requisitos e exigências definidas.
CNTT/CUT com informações
da Agência Brasil
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