O Metrô e a
CPTM mantêm em seus altos escalões funcionários investigados pela
Polícia Federal e pelo Ministério Público sob suspeita de receberem
propina do cartel de trens em São Paulo.
José Luiz Lavorente, diretor de operação e manutenção da CPTM, e
Décio Tambelli, assessor técnico e ex-diretor de operações do
Metrô, são alvos dos inquéritos que apuram a existência do cartel
de trens no Supremo Tribunal Federal (STF) e também no
Ministério Público do Estado de São Paulo. (Foto: Divulgação)
Outro funcionário do Metrô, Nelson Scaglione, também investigado
sob suspeita de receber propina, foi exonerado do cargo de gerente
de sistemas na terça-feira, 17. Reportagem do jornal O Globo
revelou que uma empresa da qual Scaglione foi sócio, a Celog, teve
participação societária em outra empresa, a Façon, que foi
subcontratada pela multinacional francesa Alstom para obras na
Linha 2-Verde do Metrô. A extensão desse ramal faz parte do grupo
de obras em que o cartel denunciado pela Siemens teria agido.
Scaglione, contudo, foi exonerado apenas do cargo de confiança que
ocupava. Ele continua sendo servidor do Metrô. Lavorente e Tambelli
também são funcionários de carreira.
Denúncias
Os três foram acusados pelo ex-diretor da Siemens Everton
Rheinheimer em um relatório não assinado - datado de 17 de abril de
2013 -, posteriormente entregue pelo ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, à Polícia Federal. No texto, o executivo afirma
que Lavorente, Tambelli e Scaglione estavam "há mais de dez anos na
folha de pagamento da MGE", empresa que, segundo investigadores,
era subcontratada pela Siemens com a função de pagar propina a
agentes públicos.
Rheinheimer também afirmou que cada um dos três levava "uma vida
incompatível com sua remuneração" nas estatais paulistas. Ele ainda
disse que Scaglione era a "eminência parda" do Metrô, e que foi
"através dele que a MGE conseguiu monopolizar os lucrativos
(superfaturados) contratos de reforma de rotativos do Metrô".
O executivo depois corroborou as declarações em depoimentos à
Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.
Na carta anônima que enviara ao ombudsman da Siemens em junho de
2008, o ex-diretor da multinacional já afirmara que os três
estiveram na "lista de pagamento" da MGE "por muitos anos".
Na quarta-feira, 18, o secretário dos Transportes Metropolitanos,
Jurandir Fernandes, afirmou que Nelson Scaglione "achou importante
se afastar um pouco" de seu cargo. "É melhor que ele possa também
trabalhar na defesa dele. Ele já apresentou uma série de motivos.
Agora vai ter mais espaço e mais tempo para poder se defender
melhor e explicar", afirmou o secretário.
Políticos
Reinheimer também afirmou, nas cartas e em depoimentos, que o
consultor Arthur Teixeira - apontado como lobista pela Polícia
Federal - lhe disse que o secretário da Casa Civil de São Paulo,
Edson Aparecido (PSDB) e o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP)
recebiam propina. O ex-diretor citou ainda os secretários José
Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) como envolvidos em "acordos
financeiros".
Os quatro figuram como partes do inquérito que agora está sob a
responsabilidade da ministra Rosa Weber, do STF.
Com informações do
jornal O Estado de S. Paulo
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