A Direção
Nacional reuniu-se em São Paulo, em 9 e 10 de dezembro, para fazer
a avaliação do cenário nacional, o balanço da atuação da nossa
central no ano que está findando e para discutir os desafios
colocados para a luta da classe trabalhadora em 2014. Mobilizações
contra o julgamento do AP 470, contra o Projeto de Lei 4330 e pelos
direitos dos interesses dos trabalhadores foram destaques este ano
na Central. Confira a seguir os principais pontos da Resolução da
Direção da CUT:
Contra o julgamento da AP 470
Para enfrentar o ataque conservador, a Direção Nacional da CUT
realizou um ato extremamente positivo por ocasião da entrega do 2º
Prêmio CUT “Democracia e Liberdade Sempre”, em 9 de dezembro, em
defesa dos petistas condenados pela AP 470 num julgamento político
de exceção. Como disse o presidente de nossa central, Vagner
Freitas, na ocasião, trata-se de uma ação de autodefesa, pois a
condenação sem provas de companheiros que combateram a ditadura
militar é uma ameaça que pesa sobre o conjunto das organizações do
movimento operário e popular em nosso País. A CUT exige a anulação
da AP 470 por meio de uma revisão criminal desse processo
infame.
Mobilizações
Durante 2013, a CUT travou grandes batalhas por avanços na pauta da
classe trabalhadora. Em março, dezenas de milhares de trabalhadores
e trabalhadoras marcharam em Brasília em um ato que culminou com a
entrega da nossa pauta à presidenta Dilma. Voltamos às ruas, em
diversas manifestações, de abril a novembro, erguendo nossas
bandeiras históricas e exigindo o atendimento das reivindicações
contidas na Pauta da Classe Trabalhadora.
O ponto alto de nossa luta foi logo após as mobilizações de junho,
quando a Direção Nacional da CUT decidiu, com acerto, que era
necessário que a classe trabalhadora organizada ocupasse o centro
do cenário político do País, tendo sido decisiva sua ação no Dia
Nacional de Mobilização e Paralisação em 11 de julho, com índices
de paralisação que se equipararam a momentos de greve geral
ocorridos no passado recente do nosso País.
Trabalho descente
Com manifestações em cada canto do País e na capital federal,
pressionamos o Congresso Nacional e conseguimos barrar o Projeto de
Lei 4.330, da terceirização. Só obtivemos essa vitória porque
nossos sindicatos filiados estiveram ativamente presentes nessa
luta! Em novembro voltamos às ruas de Brasília, contra a alta de
juros e, para reafirmar contundentemente que a CUT jamais abrirá
mão da democracia em nosso País.
A Executiva Nacional da CUT encabeçou, ainda, diversas lutas e
atividades que confirmam o papel fundamental de nossa Central. As
entidades do setor público da CUT enfrentaram com sucesso o Projeto
de Lei do Congresso Nacional que regulamenta a greve do
funcionalismo, restringindo esse direito legítimo dos
trabalhadores. Enquanto isso, o Executivo não avança na
regulamentação da Convenção 151 respondendo ao projeto que todas as
centrais sindicais apresentaram sobre o tema.
Defesa dos direitos
Colorimos ruas e avenidas de todas as regiões do Brasil com nossas
bandeiras, para defender direitos existentes e reivindicar novos,
para exigir a melhoria das políticas públicas, para fazer a defesa
da soberania nacional e de nossas riquezas e para exigir reformas
estruturais na sociedade brasileira. Exemplos disso foram as lutas
contra o Leilão do Campo de Libras, pela Saúde +10, pela Educação
Pública de Qualidade, contra as concessões de portos e aeroportos e
a luta pela democratização da comunicação.
A CUT desenvolveu uma intensa ação no plano internacional,
participando de fóruns, projetos de cooperação, iniciativas de
formação, algumas em conjunto com a CSA e CSI, o que reafirmou sua
importância no cenário sindical internacional. Esse processo
legitimou a indicação do companheiro João Felício, secretário de
Relações Internacionais da CUT, à presidência da CSI nas eleições
de 2014.
Reforma Política
Temos participado de duas iniciativas fundamentais e complementares
para criar condições à reforma do sistema político brasileiro.
Juntamente com a OAB e dezenas de outras entidades a CUT constituiu
a Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas.
Orientamos nossas bases a colherem assinaturas para o projeto de
lei de iniciativa popular sobre o tema. Juntamente com uma ampla
frente de movimentos estamos organizando o Plebiscito Popular pela
Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. A CUT está
na Secretaria Operativa Nacional deste Plebiscito. As Estaduais da
CUT devem, nessa linha, constituir os Comitês Estaduais em conjunto
com os movimentos sociais.
A CUT coloca essas iniciativas como prioridades da sua agenda
política em 2014 e orienta todos os nossos sindicatos filiados a se
engajarem ativamente nesse processo, dando prioridade a esta
ação.
2014
O ano de 2014 anuncia-se como um ano de grandes lutas, em que a
questão do poder político estará colocada em eleições
presidenciais, para governos estaduais e parlamentos nas quais
vamos intervir com a Plataforma da Classe Trabalhadora, nas quais
não admitiremos nenhum retrocesso, pois queremos avançar na via da
construção de uma nação livre, democrática e soberana, onde a
classe trabalhadora do campo e da cidade, que é quem constrói a
nação, possa ter suas reivindicações atendidas.
Em 2014 vão se completar 50 anos do golpe cívico-militar de 1º de
abril de 1964, que abriu um período de 21 anos de ditadura militar.
Até hoje os crimes da ditadura não foram punidos. Torturadores e
esbirros do regime militar seguem livres enquanto combatentes da
causa do povo são encarcerados e entidades sindicais e populares
têm suas ações criminalizadas.
Para ajudar a acabar com a impunidade daqueles que, com a cobertura
do Estado, cometeram os maiores crimes e atropelos aos direitos
humanos é que a CUT constituiu a sua Comissão da Verdade e, em
unidade com outras centrais, impulsiona o GT dos trabalhadores da
Comissão Nacional da Verdade.
Nascemos das ruas e é lá que devemos novamente estar em 2014, com
grandes mobilizações, para que nossas bandeiras históricas de luta
e nosso projeto de sociedade possam avançar cada vez mais.
CNTT/CUT com
informações da Direção Nacional da CUT - última atualização às
17h12
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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