O governo
informou na quarta-feira, 11, que, a partir de fevereiro, o porto
de Santos, maior do país, só vai permitir a entrada de caminhões
transportando carga agrícola que tiverem agendado horário para o
descarregamento. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão
Conteúdo)
Esta é uma das ações anunciadas nesta quarta para evitar a formação
de filas quilométricas de caminhões em direção ao porto paulista
durante o escoamento da safra, como visto no início de 2013.
Para impedir congestionamentos, o governo também pretende criar
bolsões de estacionamento próximos às rodovias que dão acesso ao
porto de Santos, onde os caminhoneiros vão poder aguardar a
liberação para descarregar sua carga.
O porto de Santos é o principal alvo das ações governamentais
porque é o maior do país e destino da maior parte da produção
agrícola voltada à exportação. Durante o escoamento da safra no
início deste ano, foram registradas filas de caminhões de 30
quilômetros em direção a ele.
Agendamento
O ministro da Secretaria de Portos, Antônio Henrique Silveira,
disse que o agendamento de horário já funciona no porto de Santos
para a chegada, por exemplo, de contêineres, e será estendido aos
transportadores de grãos. Esse agendamento vai levar em
consideração a previsão de atracação do navio que vai receber a
carga.
Sem isso, segundo ele, o veículo será barrado e vai precisar
aguardar sua vez em um dos bolsões de estacionamento que devem ser
criados. “Vamos promover a sincronização entre a chegada dos navios
e das cargas que serão embarcadas neles, para evitar a formação das
filas nas estradas”, disse o ministro.
Silveira informou que, durante o mês de janeiro, serão feitas
reuniões com representantes das transportadoras para esclarecer
sobre o funcionamento do sistema, inclusive as penalidades pelo
desrespeito às novas regras. Em fevereiro, o agendamento passa a
ser obrigatório.
O período de fevereiro a maio concentra o escoamento da produção
agrícola nacional. Em 2013, a exportação de grãos vai atingir cerca
de 90 milhões de toneladas. Para 2014, a expectativa é que
ultrapasse 100 milhões.
Estacionamentos
O governo federal quer incentivar proprietários de grandes terrenos
às margens das rodovias que dão acesso ao porto de Santos a
utilizar essas áreas como estacionamento de caminhões para evitar
que o escoamento da safra no início do ano que vem volte a provocar
as filas quilométricas de veículos.
Apesar de ter potencial de evitar congestionamentos nas rodovias,
essa ação não deve ser suficiente para reduzir o tempo de espera
para descarregar, já que a estrutura do porto não é suficiente para
atender à demanda por movimentação de carga.
No dia 6 de dezembro, a Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp), que administra o porto de Santos, publicou uma convocação
para encontrar interessados em transformar em estacionamento
terrenos localizadas nas proximidades das vias Anchieta e
Imigrantes, no planalto ou nas margens do Rodoanel Mário Covas, e
na rodovia Piaçaguera-Guarujá, todas vias de acesso ao porto.
A convocação estabelece a preferência por áreas superiores a 50 mil
metros quadrados que não gerem impacto em rodovias ou na região
urbana. Os interessados têm até 20 de dezembro para responder e, a
Codesp, outros 20 dias para aceitar ou negar o pedido.
Como vai funcionar
O plano é que esses bolsões tenham comunicação direta com a
administração do porto de Santos, para que seja liberada a saída
gradual dos caminhões para descarregamento. Os caminhoneiros ou
transportadoras vão pagar pelo uso do estacionamento.
O governo analisa ainda a possibilidade de usar dois terrenos
públicos próximos a essas vias de acesso a Santos para que também
funcionem como local de espera pelos motoristas.
Investimento nos portos
O anúncio de ações emergenciais para evitar o caos no escoamento da
safra agrícola do país acontece um dia depois de o Tribunal de
Contas da União (TCU) barrar o leilão de arrendamento dos primeiros
terminais (áreas para movimentação de carga) em portos públicos, ou
seja, administrados pelo governo.
Em sessão na terça-feira, 10, o tribunal criticou a qualidade dos
estudos apresentados pelo governo e que servem como base para
definir as condições para o leilão de 29 terminais em portos de São
Paulo (Santos) e do Pará. Foram fixadas 19 condicionantes, que o
governo terá que cumprir antes de publicar o edital de
concessão.
Inicialmente, o governo esperava leiloar esses 29 terminais até o
final de 2013 mas, com a decisão do TCU, não há mais previsão de
quando isso deve acontecer. Com os leilões, o governo espera elevar
os investimentos nesses terminais, aumentar a qualidade do serviço
e reduzir o custo principalmente para a exportação de produtos
brasileiros.
O ministro da Secretaria de Portos, Antônio Henrique Silveira,
disse que vai se reunir com técnicos do TCU para esclarecer as
determinações feitas. Só depois, disse ele, será possível estimar
em quanto tempo essas ações serão cumpridas e quando vai ser
possível fazer o primeiro leilão do setor.
Com informações do
G1
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