O Aeroporto Internacional de Viracopos, em
Campinas (SP), é o segundo em número de registro de ocorrências
envolvendo balões na rota de pousos e decolagens do país, segundo
dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Cenipa). O número de comunicações em 2013 já é 19%
maior em relação a todo o ano passado. O risco maior de choque é
durante aterrisagens e partidas porque são procedimentos em que os
aviões estão normalmente na altitude dos balões.
Apesar das comunicações feitas por pilotos e controladores de voo
após visualização de balões na área da pista do terminal de
Campinas, não houve acidentes registrados no período, segundo a
concessionária Aeroportos Brasil, que administra Viracopos. Entre
janeiro e setembro de 2013, 6,8 milhões de passageiros domésticos e
internacionais embarcaram ou desembarcaram no aeroporto. Em volume
de aeronaves, a movimentação foi de 10,7 mil no mesmo período.No
estado de São Paulo também houve um aumento de 21,5% do registro de
ocorrências no comparativo a todo ano de 2012 e entre janeiro e
outubro deste ano.
Crime ambiental e risco de
acidentes
A soltura de balões, além de ser crime ambiental, é um perigo para
aviação. Uma colisão pode causar até a queda de uma aeronave,
dependendo da velocidade do avião e da massa do balão.
O Cenipa explica que um balão com cerca de 15 kg, considerado
pequeno, bata em um avião que esteja a uma velocidade de 300 km/h.
Nesse caso, o impacto pode ser de 3,5 toneladas. Se o peso do balão
for de 50 kg e colidir com uma aeronave a 450 km/h, o impacto sobe
para 100 toneladas, o que pode derrubar um avião.
Relatórios e flagrante
Na
manhã da terça-feira, 15, uma equipe de TVflagrou um balão em
Viracopos. No site do Cenipa, é possível ter acesso a todos os
relatórios feitos sobre ocorrências deste tipo. No dia 25 de agosto
desse ano, às 15h40, um avião estava a três mil pés de altitude e o
comandante relata a presença de um balão a cerca de mil metros.
A tripulação já se preparava para o pouso no Aeroporto de
Viracopos, mas precisou arremeter para evitar um acidente. No
relatório ao Cenipa, o controlador de voo que acompanhava a
aeronave e que conversou com o piloto durante o procedimento de
aterrisagem descreveu que um balão pequeno caiu na pista e foi
levado para fora da área de pouso.
Em outro caso, no dia 8 de setembro, a situação foi mais grave no
Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. O avião
Airbus A340, da companhia aérea Avianca, estava na etapa de pouso
quando o copiloto avistou um balão de proporções médias na proa da
aeronave. O comandante reportou ao Cenipa que desligou o piloto
automático, fez uma curva para evitar a colisão no nariz do avião,
mas que parte do balão atingiu a asa esquerda. Apesar dos
problemas, o piloto conseguiu aterrisar.
São Paulo tem maior registro
de balões
O comandante Cláudio César é piloto de helicóptero há cinco anos e
garante que a maior incidência da balões é no estado de São Paulo.
Ele já voou no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mas nunca
encontrou uma situação semelhante. O pior período é o mês de junho,
por causa das festas juninas. “Eu já vi balões de todos os tipos,
tamanhos, em altitudes diversas. Até mesmo alguns com botijões de
gás pendurados”, conta.
Conscientização
O diretor de operações de Viracopos, Marcelo Mota, defende que o
risco dos balões podem ser eliminados com a educação dos moradores
no entorno dos aeroportos. “Um choque do balão com uma aeronave
pode ter consequências muito sérias, como um acidente aéreo, além
do dano patrimonial como um incêndio no sítio aeroportuário”,
explica. A concessionária responsável pelo terminal de Campinas
realiza um trabalho nas escolas próximas ao aeroporto, com
distribuição de cartilhas e palestras de orientação.
Quedas
Em Viracopos, apesar
da ausência de registros de acidentes ou incidentes envolvendo
aeronaves e balões, ocorreram 11 quedas de balões na área do
aeroporto em 2010, 21 em 2011 e 16 em 2012. Os terminais do Brasil
com maior índice de avistamento e ocorrências deste tipo na rota de
pousos e decolagens são o de Guarulhos, Campinas e Curitiba,
todos internacionais.
CNTT/CUT com informações do G1
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL