O
Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou uma audiência de
negociação entre a Swissport do Rio de Janeiro e seus
empregados, representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores
em Aviação Civil (FENTAC). O MPT convocou a audiência, que foi
realizada no dia 2 de outubro, após ameaça de paralisação feita
pelos aeroviários da prestadora de serviços que denunciam uma série
de irregularidades trabalhistas. As principais denúncias são de
pagamento indevido dos domingos e feriados e de excesso de jornada
em função da baixa contratação.
A mediação foi realizada pela procuradora Heloise Ingersoll Sá.
Representaram os aeroviários a secretária geral e o diretor da
FENTAC, Selma Balbino e Luiz da Rocha Cardoso (Pará). Já a empresa
contou com a advogada Samantha Magueta. Apesar de o supervisor da
Swissport, Vitor Nunes do Santos, ter se apresentando como diretor
do Sindicato dos Aeroviários do Município do Rio de Janeiro
(SIMARJ), a direção da Federação entendeu ser ele o representante
da empresa.
Swissport nega denúncias
A advogada da Swissport alegou não haver excesso de jornada e negou
a denúncia de que a empresa apresentaria falta de pessoal.
Afirmação imediatamente refutada pela procuradora do trabalho, que
ao acessar o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
verificou terem sido realizadas 144 demissões na prestadora de
serviços entre junho e setembro desse ano, sem reposição de
pessoal. No Aeroporto Santos Dumont foram 92 baixas. Já no
Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, 52.
Segundo Selma, o que mais chocou a direção da entidade foi a
afirmação feita pela advogada, após a Federação questionar a
situação financeira da empresa, que está demitindo seu quadro de
trabalhadores sem realizar novas contratações. “O Brasil apresenta
a quinta maior arrecadação da Swissport no mundo. Dinheiro não é
problema”, garantiu.
Mobilização em Guarulhos
“Para a direção da FENTAC, se o problema não é dinheiro, a empresa
tem a obrigação de resolver imediatamente os problemas de falta de
funcionários e pagamentos indevidos de domingos e feriados”, disse
a secretária-geral. “Os companheiros de Guarulhos se organizaram
para uma grande paralisação e, imediatamente, a empresa regularizou
os seus débitos. Está na hora de os trabalhadores aqui no Rio de
Janeiro tomarem uma posição mais firme. A FENTAC e o Sindicato
Nacional dos Aeroviários (SNA) oferecem todo o apoio
necessário à categoria”, destacou.
Caso contrário, os profissionais da aviação vão ter que esperar uma
determinação judicial, já que o SNA entrou com processo contra a
Swissport na 52ª Vara do Trabalho. “Porém, como todos os
aeroviários já estão cansados de saber, a justiça é lenta para
questões que envolvem o proletariado. É preciso uma mobilização,
como foi o caso de Guarulhos, para resultados mais rápidos e
eficazes”, concluiu Balbino.
A Swissport realiza serviços auxiliares para os aviões, como o
carregamento das malas dos passageiros e cargas e no
Aeroporto de Guarulhos tem 1.400 funcionários.
CNTT/CUT com informações do Sindicato Nacional dos
Aeroviários
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