As últimas
informações veiculadas pela imprensa a respeito das denúncias da
Siemens de desvio de recursos públicos e pagamento de propina
envolvendo o Metrô, a CPTM e a gestão tucana em São Paulo foram
foco das manifestações do líder da Bancada do PT, deputado Luiz
Claudio Marcolino, na terça-feira, dia 15, durante plenária da
Assembleia Legislativa de São Paulo. (Foto:
Deputado Luiz Claudio Marcolino em ato pela abertura
da CPI do Metrô, no dia 19 de setembro - crédito: Paula
Ribas)
Marcolino se reportou
à publicação do jornal Correio do Brasil, a respeito do trabalho da
corregedoria do governo do Estado, que já ouviu 23 pessoas, mas
ainda não apresentou nenhuma conclusão sobre a atuação das empresas
do grupo ou seu envolvimento com funcionários públicos no escândalo
do cartel formado pelas empresas multinacionais Alstom e
Siemens.
Segundo a reportagem citada pelo líder petista nos depoimentos aos
corregedores, a impressão que fica é a de que houve apenas a
transferência de mais de R$ 400 milhões para ninguém. Os
investigadores não identificaram, até agora, a participação de um
só agente público envolvido no caso, que ficou conhecido como
‘propinoduto tucano’.
Relatório da Polícia Federal
O relatório da Polícia Federal com análise financeira da Polícia
Federal em São Paulo, encartado no inquérito Alstom, também foi
mencionado pelo parlamentar.
O documento mostra que a emblemática offshore MCA Uruguay Ltd –
suposta repassadora de propinas a agentes públicos paulistas nos
anos 90 – recebeu em contas na Suíça, Luxemburgo e Nova York a soma
de 2,23 milhões de euros, 4,64 milhões de francos franceses e 4,40
milhões de dólares. Os depósitos foram realizados entre novembro de
1999 e junho de 2004. O relatório da PF, amparado nos extratos
bancários enviados pela Suíça em dezembro de 2010, indica que “o
maior depositante” em favor da MCA Uruguay foi a Alstom,
multinacional francesa que teria abastecido contas de servidores de
estatais paulistas naquele período.
Marcolino lembrou que em 2008 a Bancada do PT protocolou
representações junto aos Ministérios Públicos Estadual e Federal e
fez ações pela CPI da Asltom na Assembleia, mas as iniciativas
foram barradas pela base governista.
Reportagens continuam fazendo denúncias
Segundo o blog do Fausto Macedo, jornalista de O Estado de S.Paulo,
documentos enviados pela Suíça há cerca de um mês a autoridades
brasileiras, extratos bancários inclusive, revelam que um
ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)
recebeu 800 mil euros em conta de uma instituição financeira
daquele país europeu.
O dinheiro foi depositado parceladamente, entre 1997 e 1998 –
primeiro governo de Mário Covas -, conforme atestam os extratos
bancários agora anexados ao inquérito do caso Alstom – a
multinacional francesa que teria integrado cartel para a assinatura
de contatos milionários com o governo tucano paulista nas áreas de
energia e transportes públicos do Estado.
As autoridades suíças se dizem convencidas de que o dinheiro na
conta do antigo executivo da CPTM tem origem em corrupção. Ele
teria sido contemplado com propina para favorecer o cartel em um
contrato de reforma de trens.
Este novo lote de documentos foi enviado aos procuradores e
promotores que também investigam o caso Siemens. A multinacional
alemã fechou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (CADE) pelo qual, em troca de benefícios, delatou
cartel do qual diz ter feito parte no setor de transportes
públicos.
Comissão que investiga o caso não funciona
Já a Folha de São Paulo de teça-feira, dia 15, diz que a comissão
montada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o cartel
Siemens/transportes públicos não funciona. Três meses depois de
instalada não tem resultado nenhum.
Para Marcolino, este grupo instituído pelo governo Alckmin, não tem
o compromisso efetivo de fazer apuração dos envolvidos e punir os
responsáveis. “Se o governador quiser, de verdade, investigar o
esquema de corrupção, então ele deve liberar sua base a assinar o
pedido de CPI da Bancada do PT e em 120 dias vamos ouvir os
denunciados, quebrar os sigilos bancário e telefônico, fazer
oitivas, esclarecer os fatos e defender o interesse da sociedade
paulista”, afirmou o deputado.
Trens continuam apresentando problemas
Enquanto as investigações não andam, o transporte público continua
enfrentando problemas. Na segunda-feira, dia 14, um trem da CPTM,
da Linha 11-Coral, quebrou na estação José Bonifácio, Zona Leste
paulistana. As plataformas da linha, que liga Mogi das Cruzes ao
Centro da capital paulista, ficaram lotadas, com reflexos nas
outras linhas do sistema e até no metrô.
CNTT/CUT com
informações do PT no Senado e Blog do Zé
Dirceu
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