“Se Alckmin quiser investigar o esquema de corrupção, deve liberar sua base a assinar o pedido de CPI”

A afirmação é do líder do PT na Alesp, Luiz Claudio Marcolino, sobre as denúncias de desvio de recursos públicos no Metrô e CPTM.


Publicação: 16/10/2013
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As últimas informações veiculadas pela imprensa a respeito das denúncias da Siemens de desvio de recursos públicos e pagamento de propina envolvendo o Metrô, a CPTM e a gestão tucana em São Paulo foram foco das manifestações do líder da Bancada do PT, deputado Luiz Claudio Marcolino, na terça-feira, dia 15, durante plenária da Assembleia Legislativa de São Paulo. (Foto: Deputado Luiz Claudio Marcolino em ato pela abertura da CPI do Metrô, no dia 19 de setembro - crédito: Paula Ribas)
Marcolino se reportou à publicação do jornal Correio do Brasil, a respeito do trabalho da corregedoria do governo do Estado, que já ouviu 23 pessoas, mas ainda não apresentou nenhuma conclusão sobre a atuação das empresas do grupo ou seu envolvimento com funcionários públicos no escândalo do cartel formado pelas empresas multinacionais Alstom e Siemens.
Segundo a reportagem citada pelo líder petista nos depoimentos aos corregedores, a impressão que fica é a de que houve apenas a transferência de mais de R$ 400 milhões para ninguém. Os investigadores não identificaram, até agora, a participação de um só agente público envolvido no caso, que ficou conhecido como ‘propinoduto tucano’.

Relatório da Polícia Federal

O relatório da Polícia Federal com análise financeira da Polícia Federal em São Paulo, encartado no inquérito Alstom, também foi mencionado pelo parlamentar.
O documento mostra que a emblemática offshore MCA Uruguay Ltd – suposta repassadora de propinas a agentes públicos paulistas nos anos 90 – recebeu em contas na Suíça, Luxemburgo e Nova York a soma de 2,23 milhões de euros, 4,64 milhões de francos franceses e 4,40 milhões de dólares. Os depósitos foram realizados entre novembro de 1999 e junho de 2004. O relatório da PF, amparado nos extratos bancários enviados pela Suíça em dezembro de 2010, indica que “o maior depositante” em favor da MCA Uruguay foi a Alstom, multinacional francesa que teria abastecido contas de servidores de estatais paulistas naquele período.
Marcolino lembrou que em 2008 a Bancada do PT protocolou representações junto aos Ministérios Públicos Estadual e Federal e fez ações pela CPI da Asltom na Assembleia, mas as iniciativas foram barradas pela base governista.

Reportagens continuam fazendo denúncias

Segundo o blog do Fausto Macedo, jornalista de O Estado de S.Paulo, documentos enviados pela Suíça há cerca de um mês a autoridades brasileiras, extratos bancários inclusive, revelam que um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) recebeu 800 mil euros em conta de uma instituição financeira daquele país europeu.
O dinheiro foi depositado parceladamente, entre 1997 e 1998 – primeiro governo de Mário Covas -, conforme atestam os extratos bancários agora anexados ao inquérito do caso Alstom – a multinacional francesa que teria integrado cartel para a assinatura de contatos milionários com o governo tucano paulista nas áreas de energia e transportes públicos do Estado.
As autoridades suíças se dizem convencidas de que o dinheiro na conta do antigo executivo da CPTM tem origem em corrupção. Ele teria sido contemplado com propina para favorecer o cartel em um contrato de reforma de trens.
Este novo lote de documentos foi enviado aos procuradores e promotores que também investigam o caso Siemens. A multinacional alemã fechou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) pelo qual, em troca de benefícios, delatou cartel do qual diz ter feito parte no setor de transportes públicos.

Comissão que investiga o caso não funciona

Já a Folha de São Paulo de teça-feira, dia 15, diz que a comissão montada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o cartel Siemens/transportes públicos não funciona. Três meses depois de instalada não tem resultado nenhum.
Para Marcolino, este grupo instituído pelo governo Alckmin, não tem o compromisso efetivo de fazer apuração dos envolvidos e punir os responsáveis. “Se o governador quiser, de verdade, investigar o esquema de corrupção, então ele deve liberar sua base a assinar o pedido de CPI da Bancada do PT e em 120 dias vamos ouvir os denunciados, quebrar os sigilos bancário e telefônico, fazer oitivas, esclarecer os fatos e defender o interesse da sociedade paulista”, afirmou o deputado.

Trens continuam apresentando problemas

Enquanto as investigações não andam, o transporte público continua enfrentando problemas. Na segunda-feira, dia 14, um trem da CPTM, da Linha 11-Coral, quebrou na estação José Bonifácio, Zona Leste paulistana. As plataformas da linha, que liga Mogi das Cruzes ao Centro da capital paulista, ficaram lotadas, com reflexos nas outras linhas do sistema e até no metrô.

CNTT/CUT com informações do PT no Senado e Blog do Zé Dirceu



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