A renda
domiciliar per capita dos 10% mais pobres da população brasileira
cresceu 14% em 2012 em relação ao ano anterior, já descontada a
inflação do período. Na média da população brasileira, o
crescimento foi de 8%, índice maior do que o PIB per capita chinês,
que cresceu 7,3% e foi o maior do mundo. A constatação estão em
estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir
dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) do IBGE, divulgada na sexta-feira, dia 27 de
setembro. (Foto: Wikicommons/CC)
A renda domiciliar per capita aumentou em 2012, atingindo o
valor de R$ 871,77. Segundo o Ipea, o crescimento da renda em 2012
foi excepcionalmente forte em todas as camadas da pirâmide social
brasileira. Enquanto os 10% mais pobres experimentaram um aumento
de 14% nos rendimentos domiciliares per capita, para os 10% mais
ricos este aumento foi de 8,3%.
O crescimento da renda domiciliar mostra um descolamento desse
indicador em relação ao crescimento do PIB, que subiu apenas 0,1%
em termos reais em 2012. O fenômeno não é novo, aponta o Ipea, e já
havia sido detectado em pesquisas anteriores.
Segundo o instituto, o PIB per capita e a renda disponível bruta
per capita não são as “melhores escolhas para se medir o padrão de
vida das famílias – pois compreendem as fontes de rendimento de
todos os agentes da economia: famílias, governo, empresas e
instituições sem fins lucrativos”.
Redução da desigualdade
O histórico de resultados da Pnad, levantado pelo Ipea, mostra a
redução na desigualdade dos rendimentos da população entre 2002 e
2012: enquanto a renda média dos 40% mais pobres aumentou 6,4%, ao
ano, o aumento para os 5% mais ricos foi de 2,4%.
O resultado vai em sentido oposto ao verificado na década anterior
(1992-2002), quando a renda dos 5% mais ricos cresceu 2,87% ao ano,
acima dos 2,55% registrados para os 40% mais pobres.
O padrão de crescimento alto entre os mais pobres levou a uma queda
substancial na proporção de pessoas abaixo da linha oficial de
extrema pobreza (R$ 70 per capita em julho de 2011) de 4,2% em 2011
para 3,6% em 2012, num total de 6,5 milhões de pessoas.
Mesmo com os avanços, a diferença de renda permanece elevada no
país. Os números mostram que o rendimento dos 40% mais pobres foi
de R$ 241,81 per capita, enquanto os 5% mais ricos tiveram um
rendimento médio de R$ 5.178,37 per capita.
O Ipea destacou ainda os avanços registrados na educação na Pnad de
2012. A escolaridade média da população ocupada atingiu 8,8 anos em
2012, um crescimento de 54% em relação à média de 5,7 anos
registrada em 1992. “A escolaridade média em anos de estudo da
população ocupada e a desigualdade educacional já vêm melhorando
continuamente nas duas últimas décadas, mas, após uma desaceleração
em 2011, o ano de 2012 registrou o melhor avanço nas séries
históricas de ambos indicadores nos últimos 20 anos”, afirma o
estudo.
CNTT/CUT com informações da Rede Brasil Atual
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL