A Ministra
de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, em entrevista à
Folha abordou os dados do aumento do número de homicídios de
mulheres no período de aplicação da Lei Maria da Penha, divulgado
na semana passada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada).
Os dados mostram que a taxa média de mortalidade, antes de 2007,
era de 5,28 por 100 mil habitantes, e depois da lei chegou a 5,22
por 100 mil. Questionada se a Lei falhou nestes casos, a ministra
disse que a Lei é um sucesso. “Ela substituiu uma lei que, essa
sim, era fracassada. Antigamente, a penalização para o agressor era
distribuir cestas básicas e fazer trabalho comunitário. Isso
incentivava a violência e não estimulava as mulheres a denunciarem.
Ao contrário, elas tinham vergonha de dizer que apanhavam. A Lei
Maria da Penha mudou isso”, disse.
Menicucci explicou que só em 2011 foram 30 mil prisões de homens
enquadrados na Lei Maria da Penha. “As projeções mostram que, neste
ano, serão 38 mil. Nós temos mais de 300 mil medidas preventivas,
protetivas, expedidas. A lei já salvou mais de 300 mil vidas. Houve
julgamentos exemplares que reforçam o caráter educativo da lei. Só
2% nunca ouviram falar dela. E há novidades interessantes por todo
o País”.
Articulação
A ministra disse que a Lei tem apenas sete anos, não está nem na
adolescência, ela está ainda na segunda infância. “E seu primeiro
sucesso foi possibilitar uma articulação inédita entre os poderes
executivos nacional, estadual, e municipal com o judiciário, as
promotorias e o sistema de segurança pública do país inteiro. Houve
uma mudança de concepção. As defensorias públicas, antigamente,
defendiam o réu [no caso, homens acusados de agressão]. Hoje, elas
defendem a vítima [a mulher agredida]. Isso já é um ganho
extraordinário.
Câmara Legislativa
instala Procuradoria para defesa da mulher
A Câmara Legislativa do Distrito Federal instalou na terça-feira,
1º de outubro, em sessão solene, a Procuradoria Especial da Mulher,
que funciona como um “instrumento na defesa e proteção das
mulheres”. Ela tem o objetivo de receber, examinar e encaminhar aos
órgãos competentes denúncias de violência e discriminação contra a
mulher; fiscalizar e acompanhar a execução de programas do Governo
do Distrito Federal que visem à promoção da igualdade de gênero; e
implementar campanhas educativas e antidiscriminatórias em âmbito
local.
A Procuradoria ainda tem como meta colaborar com os organismos
locais e nacionais, públicos e privados, na implementação de
políticas públicas para as mulheres e promover pesquisas e estudos
sobre violência e discriminação contra elas praticadas e sobre seu
déficit de representação na política, inclusive para fins de
divulgação pública e fornecimento de subsídios às Comissões da
Câmara Legislativa.
Agressor deverá
ressarcir Previdência Social
A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara aprovou,
em reunião deliberativa na quarta-feira, 2 de outubro, o projeto de
lei 4381/12, que obriga o autor de violência contra a mulher a
ressarcir a Previdência Social pelos gastos decorrentes com as
vítimas dos seus atos, como auxílio-doença, aposentadoria por
invalidez e pensão por morte.
A proposta é que a indenização se torne obrigatória a partir da
sentença judicial condenatória e o autor acredita que a nova
penalidade pode contribuir para a redução dos casos de violência.
“Não é justo que toda a sociedade custeie um ato bárbaro, um ato
condenável, que é a violência contra a mulher”, disse Amauri
Teixeira (PT-BA), autor do projeto. O PL agora será analisado
pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT).
CNTT/CUT
com
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