Mais que
aumentar a renda de milhares de famílias carentes, o Programa Bolsa
Família está resgatando a autoestima e ampliando o universo dos
sonhos das crianças atendidas pelo programa. “Quando perguntamos
qual é o seu sonho, todos respondem que é chegar à universidade,
todos respondem que é educação”, destacou a ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ao se
referir às respostas dadas pelas crianças beneficiárias do Bolsa
Família ao serem indagadas sobre o futuro.
A ministra abriu o segundo encontro do Ciclo de Debates 10 anos do
Programa Bolsa Família: Avanços, Efeitos e Desafios, cujo tema é
“Bolsa Família e Educação”. O evento – que é aberto ao público –
reúne representantes do Governo Federal e pesquisadores de
universidades.
Tereza enfatizou que o cumprimento das exigências de saúde e
educação pelos beneficiários do Programa está mudando a trajetória
dos jovens e o futuro do Brasil. Atualmente, existem 16 milhões de
crianças beneficiárias em acompanhamento escolar em todo o País.
Ela lembrou que quando o programa foi criado havia uma discussão
internacional sobre condicionar ou não os programas de
transferência de renda. “Hoje, está provado que o Brasil tomou a
decisão certa. As crianças com maior exposição ao ambiente escolar,
e a outros benefícios derivados do acesso à educação, têm melhorado
os nossos indicadores e a gente comemora hoje a chegada das
crianças pobres ao mesmo nível de desempenho da média nacional. No
Norte e Nordeste, conseguimos melhorar o desempenho das que
concluem o ensino fundamental, e ele é muito superior do que a
média geral. Então, nós comemoramos hoje a vitória que é conseguir
mudar a vida dessas pessoas. As crianças não repetirão a trajetória
de falta de acesso à escola de seus pais”, garantiu a ministra.
O Bolsa Família está garantindo acesso à saúde, educação,
assistência social e alimentação aos seus beneficiários, pois exige
que as crianças tenham um mínimo de 85% de frequência escolar,
percentual superior ao estabelecido pelo Ministério da Educação aos
demais alunos, que é de 75%. “À medida que o tempo passou, elas
ficaram mais tempo na sala de aula. E não estão indo porque vai ter
lanche, merenda escolar, mas para aprender, melhorar e mudar as
suas vidas”, complementou a ministra Tereza Campello.
Permanência
Durante a abertura do evento, a secretária de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação,
Macaé Evaristo dos Santos, informou que 60% dos seis milhões de
matriculados em escolas rurais são beneficiários do programa: “A
gente sabe que não garantiria a permanência deles na escola se não
fosse pelo Bolsa Família”, destacou. Ela também ressaltou que, em
alguns locais, as escolas são o principal acesso às outras
políticas públicas e a melhoria da qualidade de vida.
Resultados educacionais
A presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação (ANPEd), Dalila Andrade Oliveira, destacou que a educação
é a porta de acesso para os demais direitos sociais. E o programa
de transferência de renda coordenado pelo MDS deu uma contribuição
inestimável para a garantia destes serviços. “Os dados da
condicionalidade de educação mostram que o Estado tem ampliado o
acesso à educação e diminuído as diferenças escolares entre ricos e
pobres”, disse.
Dalila destacou que o grande desafio está em “reconhecer que a
origem da dificuldade do desempenho escolar está na origem social”.
Para a pesquisadora, o programa dá a oportunidade de desenvolver
políticas educacionais focalizadas, buscando que a escola se
apresente com uma promessa de futuro para as crianças e
adolescentes.
Já a diretora de Currículos e Educação Integral do Ministério da
Educação, Jaqueline Moll, destacou o preconceito que sofrem as
escolas em áreas mais pobres, ainda recorrente para uma parcela da
população. De acordo com ela, existem dois objetivos a serem
alcançados nestas unidades: oferecer condições materiais para uma
melhor educação (professores, transporte, material, infraestrutura
etc.) e demonstrar aos próprios estudantes que o fato de terem
baixa renda não significa que eles não terão sucesso no percurso
escolar.
Uma das ações realizadas pelo governo federal, nesse sentido, é o
Programa Mais Educação, que repassa recursos às escolas para elas
implantarem jornada ampliada nas unidades, permitindo que os alunos
passem mais tempo aprendendo. “Queremos não só uma mudança
quantitativa do tempo das crianças na escola, mas também melhorar a
qualidade do ensino”, afirmou Jaqueline. Ela ainda ressaltou que a
estratégia de levar a política aos beneficiários do Bolsa Família é
muito positiva. Neste ano, mais de 60% das escolas incluídas no
Mais Educação são formadas por maioria de alunos que recebem a
transferência de renda.
Desempenho melhor
Três pesquisas foram apresentadas durante o evento. Elas demonstram
a relação direta entre o combate à pobreza e os bons resultados
pedagógicos.
Para o assessor do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome (MDS), Armando Simões, o combate à pobreza influencia
diretamente na educação das crianças. “É realmente necessário
operar as necessidades educacionais, mas também é necessário
combater a pobreza no que se refere à renda”, afirmou. Em pesquisa
apresentada na Universidade de Sussex, na Inglaterra, Simões
constatou que, quanto maior o tempo de participação no programa de
transferência de renda, menores são as taxas de abandono e de
reprovação dos alunos.
O pesquisador e chefe de gabinete do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), Sergei Soares, apresentou estudo que
avalia o impacto do Bolsa Família na repetência dos alunos. Segundo
o trabalho, o programa de transferência de renda reduz a
probabilidade de repetência de 14,5% para 13%. Ou seja, os alunos
beneficiários têm 11% menos chances de reprovar que os outros
incluídos no Cadastro Único, mas que não recebem o benefício.
Já o professor e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB),
Joaquim Soares Neto, analisou a infraestrutura das escolas onde
estão inseridos os alunos do Bolsa Família, de acordo com as
informações do Censo Escolar e da Prova Brasil em 2011 e 2012. Foi
constatado que o desempenho dos beneficiários é melhor nas escolas
com estruturas mais adequadas ao aprendizado. “Nesse momento, se
coloca no horizonte do País um programa forte como o Bolsa Família,
que terá que agregar investimentos em um universo de 200 mil
escolas para alcançar melhores resultados", destacou.
Com
informações do MDS
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