Um acordo
firmado entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e nove
cooperativas de transporte público do município de São Paulo deve
garantir a regulamentação de 19 mil motoristas, cobradores e
fiscais de linha. Com carteira de trabalho assinada, os
trabalhadores passam a ter todos os direitos até agora negados,
como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário e
férias. (Foto:
MPT)
O acordo, firmado em agosto, é resultado de uma ação civil pública
conduzida pelo MPT em julho desse ano. As cooperativas têm até
outubro de 2014 para aderir ao Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC), comprometendo-se a utilizar a mão de obra apenas dos
proprietários dos veículos ou de trabalhadores com vínculo
empregatício.
Pelo desrespeito às leis trabalhistas as cooperativas ainda devem
pagar R$ 11,6 milhões de indenização por dano moral coletivo. “Essa
situação é muito preocupante, isso é precarização. Se você não tem
esses direitos garantidos por lei, você não consegue ter o básico.
Há histórico de pessoas trabalhando 16 horas por dia, como você vai
fazer esse registro se você não trabalha para ninguém? Esses
operários são fantasmas. Buscamos com a atuação do MPT resgatar
três princípios violados: dignidade da pessoa humana, erradicação
da pobreza e redução da desigualdade social”, afirma o procurador
do Trabalho José de Lima Barros Pereira.
Segundo informações do Ministério Público
do Trabalho, cerca de 1.000 trabalhadores já foram enquadrados ao
TAC até o momento. Os novos empregados já devem ter suas carteiras
assinadas. Em caso de descumprimento ou atraso as cooperativas
devem pagar multas que vão de R$ 2 mil por veículo a R$ 20 mil por
trabalhador não registrado.
SPTrans
O MPT também
entrou com uma ação civil pública contra o município e a SPTrans e
pede que a empresa que administra o sistema de transporte na cidade
exija a comprovação do vínculo empregatício para fornecer o
Condubus, credencial concedida para que o motorista esteja
habilitado a dirigir o veículo, além de estipular o prazo de 180
dias para o cancelamento das credenciais dadas irregularmente, aos
trabalhadores não registrados. “A SPTrans contribui com a
informalidade do setor pela omissão em não exigir essa
comprovação”, afirma Barros Pereira. O órgão uer que o município e
a empresa paguem R$ 50 milhões por dano moral coletivo. “O atual
sistema implantado pela prefeitura de São Paulo vem causando um
enorme prejuízo à comunidade porque exclui socialmente milhares de
trabalhadores, sem proteção alguma, com a falta de direitos
trabalhistas previstos na legislação e Constituição Federal. O
município tem de assumir a responsabilidade, porque ele não tem o
controle dessa situação e é a SPTrans, uma empresa pública, que
gerencia esse serviço”, disse o procurador.
Os valores das indenizações serão destinados ao Fundo de Defesa de
Direitos Difusos (FDD), para campanhas de proteção aos direitos de
todos os cidadãos.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, as cooperativas
movimentam aproximadamente de R$ 1 bilhão de reais por ano. Cerca
de seis milhões de pessoas são transportadas diariamente pelo
sistema permissionário do transporte urbano em São Paulo.
CNTT/CUT com informações da Rede Brasil
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