Ao ser
questionado sobre os contratos do Metrô com a multinacional Siemens
que admitiu fraude nas licitações com a companhia, o presidente do
Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, defendeu que não há motivos
para rompê-los. "Do ponto de vista da companhia não há nenhum fato
que possa levar a companhia a uma ação qualquer de interrupção
desses contratos", afirmou durante audiência da Comissão de
Infraestrutura da Assembleia Legislativa de São Paulo, na
quarta-feira, 4 de setembro. (Foto: PT na
Alesp)
Pacheco foi recebido pela Comissão de Infraestrutura prestar
esclarecimentos sobre os contratos da estatal com a Siemens,
empresa que delatou a cartelização e esquemas de superfaturamento e
pagamento de propina em licitações do Metrô e da CPTM.
Antes de iniciar sua exposição sobre o tema, Luiz Antonio fez uma
longa apresentação, em uma manobra para ganhar tempo, sobre o
acidente ocorrido na Linha 3 do Metrô, que, apesar de estar na
pauta, não era o assunto principal que motivou o
convite.
Tumulto
Os deputados governistas tumultuaram a reunião da Comissão de
Infraestrutura com o claro objetivo de adiar o debate sobre o
propinoduto tucano.
Na retomada da reunião, o deputado Gerson Bittencourt questionou o
presidente do Metrô se, apesar de pouco tempo no cargo, ele detinha
as informações pertinentes à denúncia da Siemens ao CADE. Luiz
Antonio se limitou a dizer que, preocupado com outros assuntos, não
teve curiosidade de se aprofundar nos contratos citados.
Há cerca de dois meses à frente do Metrô, Luiz Antonio Pacheco
afirmou aos deputados que soube pela imprensa a respeito das
denúncias feitas pela Siemens e que não teve curiosidade de apurar
mais informações a respeito do assunto. "Não tive acesso aos
documentos, não tive curiosidade", afirmou. "Esse cartel é um
cartel internacional. Toda área de metroviária é uma área muito
fechada. São poucas empresas", disse.
Indagado pelo presidente da Comissão, o petista Alencar Santana
Braga sobre a necessidade de investigação, o dirigente do Metrô
concordou que os órgãos como o Ministério Público e o Tribunal de
Contas têm feito apurações, mas recuou quando perguntado sobre a
instalação de uma CPI na Assembleia para apurar as denúncias de
irregularidades no Metrô e na CPTM.
Por vários momentos os deputados governistas tentaram obstruir a
Audiência, chegaram a esvaziar a sessão da Comissão, numa tentativa
de manobra regimental alegaram a falta de quórum.
Ao não emplacar o recurso, passaram a tumultuar e derrubar a sessão
como meio de poupar o presidente do Metrô, dos questionamentos dos
deputados da oposição. Esses movimentos não avançaram e receberam
protestos dos deputados do PT. “Há uma denúncia grave que precisa
ser apurada e a base governista não pode impedir que a Assembleia
cumpra seu papel de fiscalizar o Executivo", ponderou Edinho Silva,
presidente estadual do PT e deputado estadual.
Durante os debates e questionamentos sobre o superfaturamento e
possíveis manipulações na licitação do Monotrilho, o deputado
Adriano Diogo, presidente da Comissão da Verdade paulista, informou
que Siemens foi uma das empresas alemãs que financiou a ditadura
militar no Brasil.
Desumano
Diante das tentativas de romper a Audiência e as resistências da
Bancada do PT, a atividade se estendeu por quatro horas e, então,
os governistas passaram a defender que a situação era desumana para
com o presidente do Metrô.
Em contestação, adeputada Beth Sahão apontou que desumano era a
situação de milhares de usuários do Metrô, que passam diariamente
por situações de superlotação e panes no Metrô e mencionou o
acidente que aconteceu na Linha 4 que resultou em 20 pessoas
feridas.
Sócios
Na sua abordagem ao presidente do Metrô, o parlamentar petista,
João Paulo Rillo, elencou uma relação de pessoas e indagou se
Pacheco tinha alguma relação comercial com elas e se era sócio,
qual o faturamento, entre questões.
Governistas reagiram com virulência e novamente buscaram meio de
encerrar a Audiência. A falta de transparência na contas e nos
contratos do Metrô foi cobrado pelos deputados José Zico Prado e
Geraldo Cruz. Já deputado Antonio Mentor lembrou que a relação do
grupo de empresas investigado iniciaram a atuação no Estado de São
Paulo na área da energia e mencionou os prejuízos da privatização
da Eletropaulo aos cofres públicos.
CNTT/CUT com informações do PT na
Alesp
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL