Os
representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmam que
voltarão a se mobilizar no Congresso Nacional nesta quarta-feira, 4
de setembro, para acompanhar a sessão da Comissão de Cidadania
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, contra a votação do Projeto
de Lei 4330/2004, de Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a
terceirização. "Nós queremos que o projeto seja arquivado", disse o
presidente da CUT, Vagner Freitas, que comemorou o compromisso do
presidente da CCJ, Décio Lima (PT-SC), de não colocar o projeto em
votação. "Mas há um problema nisso, não é só o presidente da CCJ
que coloca em votação, qualquer deputado que está na comissão e vá
na sessão pode fazer um requerimento e propor a votação", Vagner
ressaltou. (Foto:
Valter Campanato/ABr)
A sessão de hoje foi cancelada pelo presidente da CCJ após os
trabalhadores serem barrados pelos seguranças da Câmara, com uso de
bombas, cassetetes e spray de gás de pimenta. O parlamentar
reconhece que o país precisa de uma legislação que estabeleça um
marco regulatório para a terceirização, e lamenta que um acordo não
tenha sido construído pela comissão que durante quase dois meses
manteve negociação entre sindicalistas, empresários, representantes
do governo e parlamentares.
Votação
Segundo o deputado, a sessão da CCJ da Câmara de amanhã será
somente para deliberar acordos, sem previsão para votação de nenhum
projeto. Décio Lima afirmou que não vai colocar o texto em votação
até o término do mandato dele à frente do colegiado, em fevereiro
de 2014. “Só coloco essa matéria em pauta se ela for objetivo de um
acordo, porque do jeito que ela está ela fere frontalmente o
momento do país e contraria o clamor das ruas. Estaríamos dando
possibilidade à precarização nas relações do trabalho, o que
visivelmente enfraqueceria a histórica luta dos trabalhadores do
nosso país”, declarou Décio.
No entanto, o presidente do colegiado esclarece que a votação pode
ocorrer, já que está previsto no regimento que algum deputado, como
o próprio autor do projeto ou o relator, Arthur Maia (PMDB-BA),
pode entrar com um requerimento para inclusão extra pauta. “Aí sou
obrigado a submeter que o projeto entre em votação, mas vou me
somar ao coro da oposição.”
Violência
Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, tentou-se negociar a
entrada de uma representação de trabalhadores para acompanhar a
sessão de hoje, mas não foi possível um acordo. “Houve violência,
temos companheiros e companheiras que foram agredidos e
sinceramente isso não era necessário. É normal que você tenha
manifestação aqui, porque essa é a casa do povo e nós vivemos em
uma democracia. Aqui não há bandidos, os manifestantes são
trabalhadores e o tratamento que foi dado a eles, em vez de
acalmar, tensiona.”
O deputado Décio Lima lamenta a violência contra os trabalhadores.
“Sou contra qualquer excesso de agressividade, acho que a gente tem
de buscar um equilíbrio. Não há problemas que as pessoas participem
das sessões, mas e preciso preservar o processo democrático, porque
essa casa é a expressão da democracia”.
CNTT/CUT com
informações da Rede Brasil Atual
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