Portuários
aposentados e ativos de todo o país organizam protesto em frente à
sede do Portus - Instituto de Seguridade Social, no Rio de Janeiro,
nesta terça-feira, dia 3 de setembro, às 7hs. O Sindicato tomou
essa decisão após o governo federal prorrogar pela sexta vez a
intervenção no Portus. Os trabalhadores exigem
solução imediata para o rombo financeiro no fundo de
previdência complementar da categoria. A intervenção que iniciou em
agosto de 2011 foi estendida até janeiro de 2014, por meio de
portaria publicada no dia 29, no Diário Oficial da
União.
Além da manifestação
na sede do instituto, os portuários seguirão em passeata, por volta
das 10hs, com destino à Companhia Docas do Rio de Janeiro
(CDRJ). Os trabalhadores
esperam ser recebidos
pela interventora do Portus, Maria Batista,
e pelo presidente da CDRJ, Jorge
Luiz de Mell.
Desequilíbrio
fincanceiro
Segundo último relatório da intervenção, em 2011, o fundo acumulou
o déficit de R$ 87 milhões. Neste ano, o instituto gastou R$ 175
milhões com o pagamento de benefícios e despesas de manutenção da
instituição e arrecadou R$ 88 milhões.
De acordo com a Federação Nacional dos Portuários, o Portus chegou
a esse desequilíbrio financeiro devido à inadimplência de cerca de
R$ 3 bilhões das patrocinadoras (as companhias Docas). Conforme
dados do Comitê Nacional em Defesa do Portus, 57% desse valor
correspondem à falta de repasse de contribuições e reserva técnica
de serviço anterior da Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp). A CDRJ é responsável por 25% da dívida.
A União deve 1,2 bilhão, como sucessora da
Empresa de Portos do Brasil S.A. (Portobrás). A empresa, extinta em
1990, não fez o repasse de contribuição. Em julho de 2012, a
Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou a União a pagar R$ 1,2
bilhão ao Portus. A União recorreu e aguarda-se o
julgamento.
Recursos
Para o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP),
Eduardo Guterra, a falta de recursos no devido tempo ocasionou
perdas ao fundo. “Com a inadimplência das patrocinadoras, o Portus
ficou sem dinheiro em caixa, assim deixou de investir e até se
desfez de patrimônio”, disse Guterra.
Enquanto a previdência dos portuários acumulou perdas, entre 2003 e
2011 as entidades fechadas de previdência complementar alcançaram
rentabilidade de 332,89%.
O Portus conta hoje com 11 mil participantes, ao incluir os
familiares são mais de 30 mil pessoas que podem ser afetadas pela
falta de recursos do plano. A FNP defende a regularização urgente
do débito uma vez que 80% dos participantes já são assistidos.
“A intervenção já
dura dois anos sem que o governo indique uma solução. Nós
trabalhadores não podemos ser prejudicados, pois sempre pagamos
nossa contribuição em dia”, disse o presidente da
FNP.
Portus
O Portus é a previdência
complementar dos trabalhadores portuários que têm vínculo de
emprego em diversas administrações portuárias, como as
Docas. O fundo
administrado pelo Instituto de Seguridade Portus foi criado pela
empresa de Portos do Brasil -Portobrás-S.A em
1979.
CNTT/CUT com informações da
Federação Nacional dos
Portuários
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