Os
rodoviários da Bahia vão decidir se entram em greve na
quarta-feira, dia 5 de junho. O Sindicato da categoria está
convocando um assembleia que definirá os rumos do movimento
que reivindica melhores salários e condições de trabalho para a
categoria. Os aumentos de 4.13% proposto pelo Sindicato das
Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), e de
4,5% oferecidos pela Associação das Empresas de Transporte Coletivo
Rodoviário do Estado da Bahia (Abemtro), na última tentativa de
negociação, foram reprovados pelos trabalhadores, assim como as
outras condições impostas por órgãos patronais.
De acordo com o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários,
Daniel Mota, além de oferecer uma contraproposta salarial muito
abaixo, do solicitado pela categoria, o acordo apresentado pelo
Setps apresenta condições que não agradam a categoria, como a perda
de uma folga aos domingos. “Atualmente os trabalhadores rodoviários
folgam apenas quatro vezes ao mês, sendo duas delas aos domingos e
outras duas em dias úteis. Além de apresentar um aumento irrisório
em relação aos 15% exigidos pela categoria, o Setps quer que a
gente abra mão de um dos nossos domingos de folga”, reclamou
Mota.
Direitos
Além da exigência salarial, a categoria também reivindica o
cumprimento da lei do descanso que, segundo o diretor do sindicato,
atualmente não é respeitada pelas empresas. “O estatuto do
motorista garante uma hora diária de descanso aos motoristas e
cobradores, mas infelizmente, devido à rotina intensa do trânsito,
a lei não é cumprida, o que está afetando a saúde dos nossos
profissionais e refletindo no aumento dos índices de acidentes
envolvendo os ônibus”, alertou o sindicalista. O final da dupla
jornada - realizada por profissionais que ficam responsáveis pela
condução do coletivo e pela cobrança das passagens – o aumento do
ticket refeição de R$ 11 para R$ 15 diários e a redução de jornada
de trabalho para seis horas também são apresentadas pela categoria,
como mudanças essenciais para o fim do movimento grevista.
Paralisação é quase certa
Embora não descarte a possibilidade de ainda haver uma negociação
com o sindicato patronal até o dia da assembleia, Mota acredita que
a paralisação deve ser aprovada pelos rodoviários. “Nós fizemos o
possível para não afetar a população, reduzimos o número de
manifestações nas ruas para não atrapalhar o trânsito já caótico,
realizamos apenas um protesto de garagem que atrasou a saída de
alguns carros. Foram 65 dias de diálogo e nenhum avanço. Não nos
resta alternativa, a não ser a paralisação”, justificou. Ele
destacou a falta de manifestação da Secretaria Municipal de
Urbanismo e Transportes no diálogo junto às categorias para a
adoção de medidas que beneficiem, sobretudo, a população.
De acordo com assessor de relações sindicais do Setps, Jorge
Castro, as possibilidades de negociação se esgotaram ao longo dos
mais de dois meses de diálogo, enfatizando a disponibilidade do
sindicato patronal para novas propostas. “Foram muitas reuniões,
mas infelizmente não conseguimos chegar a um consenso de
interesses”, afirmou.
Assim como os representantes dos rodoviários, ele acredita que
apenas a intermediação do Ministério Público do Trabalho poderá
resolver o impasse entre as partes. Sobre o indicativo de greve, o
assessor disse contar com o bom senso e o respeito dos rodoviários
sobre a aplicação de frota mínima estipulada por
lei.
CNTT/CUT com informações da Tribuna da
Bahia
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