Os números contabilizados pelo Poder
Executivo Federal com a Lei de Acesso à Informação (LAI), que
completou na quinta-feira, dia 16, o primeiro ano de vigência,
superam as expectativas do governo e mostram que a implementação da
norma está sendo bem sucedida. A avaliação é do ministro-chefe da
Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage. Na sua avaliação,
entretanto, ainda é preciso avançar na implementação da lei em
outros Poderes da União e em estados e municípios.
O ministro lembrou que, para auxiliar governos estaduais e
municipais a promoverem uma administração pública mais transparente
e aberta à participação social, foi lançado em janeiro, pela CGU, o
Programa Brasil Transparente, que prevê, entre outras ações, a
capacitação de servidores públicos e a cessão do código-fonte do
Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC),
utilizado para controle e registro dos pedidos de acesso dos órgãos
e entidades do Poder Executivo Federal. Até agora, 281 municípios
solicitaram adesão ao programa.
A Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em 16 de maio de
2012, garante aos cidadãos brasileiros, sem que seja exigida
justificativa, acesso aos dados oficiais do Executivo, Legislativo
e Judiciário, além de autarquias, fundações, empresas públicas e
entidades privadas sem fins lucrativos que recebem recursos
públicos. Os dados apresentados por Hage são referentes apenas ao
Poder Executivo Federal, cuja atribuição de controle é da CGU.
Segundo o ministro, das cerca de 90 mil solicitações de informação
registradas até 8 de maio deste ano, 95% foram respondidas em um
prazo médio de 11 dias, inferior ao limite previsto pela legislação
(30 dias). Em aproximadamente 93% dos casos respondidos, o
solicitante ficou satisfeito com o retorno, não tendo sido
necessário fazer um novo pedido. Além dos gastos financeiros e de
contratos, a lei garante o acompanhamento de dados gerais de
programas, ações, projetos e obras.
“A avaliação [do primeiro ano] é extremamente positiva por vários
indicadores numéricos bem objetivos. Todos eles mostram que se
trata de uma experiência de sucesso, de uma lei que pegou
realmente, embora muita gente duvidasse que a administração federal
pudesse se preparar no prazo exíguo de seis meses, enquanto outros
países, como o Reino Unido, tiveram até cinco anos de preparação”,
disse o ministro, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro,
produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Jorge Hage ressaltou que 80% das solicitações foram plenamente
respondidas. Já entre as que receberam resposta negativa (20%),
metade deixou de ser atendida porque a informação não existia ou
não era da competência do órgão ao qual o pedido foi direcionado.
Os casos chamados pela CGU de real negativa [que representam 9,8%]
se deveram ao fato de a solicitação ser relativa a matéria
protegida por sigilo bancário, fiscal ou de ordem pessoal sobre
terceiros.
Jorge Hage enfatizou que outro ponto que precisa ser melhorado para
garantir avanços mais significativos na implementação da LAI é a
gestão da documentação. “O Brasil nunca teve tradição de
transparência e, portanto, não tinha grande demanda por informação
e não cuidava da gestão dessa informação. Agora terá que cuidar da
gestão documental e da organização dos arquivos, inclusive com uso
de tecnologia moderna”, disse.
Como exemplo, Hage disse que, se um documento solicitado for de 20
anos atrás, o órgão terá enorme dificuldade para localizá-lo. Então
a organização da informação que facilite sua recuperação é algo que
ainda temos muito que melhorar”, acrescentou. Ainda segundo o
ministro, os órgãos mais demandados com pedidos de informações
foram a Superintendência de Seguros Privados (Susep), com 8.477; o
Instituto Nacional de Seguro Social (NSS), com 7.407; e a
Petrobras, com 5.322.
Para marcar o primeiro ano de implementação da Lei de Acesso à
Informação, a CGU vai promover amanhã (16), em Brasília, um
seminário para permitir a troca de experiências ligadas ao tema
entre os gestores públicos e a sociedade civil. Durante o evento,
será apresentado o primeiro relatório anual de vigência da LAI no
Poder Executivo Federal, com estatísticas sobre o monitoramento da
aplicação da lei.
Com informações da Agência
Brasil
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