A CUT e as demais centrais sindicais
conquistaram na terça-feira, dia 14, uma Mesa Permanente de
Negociação com o governo federal para apresentar, debater e definir
propostas à pauta dos trabalhadores. A Mesa já tem data e temas
definidos.
Em 11 de junho, o presidente da CUT, Vagner Freitas, estará no
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) junto com representantes das
outras centrais para iniciar a negociação sobre a regulamentação da
PEC das Domésticas, o fortalecimento do Sistema Nacional de
Intermediação de Mão de Obra (Sine) e a regulamentação da
terceirização.
O calendário foi definido durante reunião com os ministros Gilberto
Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Manoel
Dias, Trabalho e Emprego.
“A pauta é nossa e não do governo e vamos lutar por todos os itens
importantes para os trabalhadores. Queremos negociar. Queremos
destravar a pauta da classe trabalhadora”, afirmou o presidente da
CUT, ao destacar a importância do encontro por ter dado início a
espaço de negociação reivindicado desde o início do ano.
Esta foi a primeira resposta efetiva do governo federal à pauta dos
trabalhadores desde 6 de março, quando a CUT e demais centrais
colocaram 50 mil pessoas nas ruas de Brasília para pressionar por
negociação e entregar a pauta à presidenta Dilma Rousseff. Na
sequência, uma série de ofícios e mobilizações em todas as capitais
brasileiras levaram a CUT a conseguir reunião com Gilberto Carvalho
em 30 de maio, quando o ministro marcou o encontro realizado na
terça-feira, dia 14, mas restringiu o debate inicial a oito itens
(veja abaixo), deixando de fora, o fim do fator previdenciário e a
redução da jornada para 40 horas.
Segundo Vagner, o calendário de negociações que foi solicitado
pelas centrais é importante, mas terá de ser efetivo, ou seja, “com
data para começar, se desenvolver e acabar”. O dirigente garantiu
também que a CUT seguirá lutando por todos os demais itens da pauta
dos trabalhadores, mesmo que eles não sejam debatidos nessas
primeiras mesas. “A luta pelo fim do fator previdenciário e as 40
horas segue”, assegurou.
Durante a reunião desta terça, o ministro Gilberto Carvalho admitiu
que, ao longo das negociações, outros pontos importantes para os
trabalhadores poderão ser incluídos a pauta, que será debatida
pelas centrais com ministros e técnicos do governo federal das
áreas envolvidas na reivindicação. As propostas deverão vir dos
dois lados – governo e centrais -, destacou o ministro, ao afirmar
que Sine e Pronatec “estão bem adiantados”.
NADA DE ‘BOLA NAS COSTAS’
O presidente da CUT disse que, além de negociar, as centrais
precisam pressionar o Congresso Nacional a aprovar o que for
negociado e acordado na Mesa Permanente. “Vivemos um momento
propício para negociação porque temos um governo democrático e um
movimento sindical preparado”, disse Vagner.
A presidenta Dilma, destacou o dirigente, pode nos ter como
interlocutores, porque nós, representantes das centrais sindicais,
somos os reais interlocutores da classe trabalhadora.
Ainda sobre o Congresso, Vagner disse ao ministro Gilberto Carvalho
que a base aliada do governo Dilma “não pode deixar que o Projeto
de Lei 4330 (terceirização) seja votado no Congresso porque
precariza ainda mais as condições de trabalho”. “É necessário que o
Congresso Nacional congele a tramitação dessa matéria enquanto
negociamos um texto alternativo, que garanta os direitos dos
trabalhadores, diferente deste que a Casa quer votar que dá total
segurança jurídica para os patrões e deixa os trabalhadores em
segundo plano", alertou o presidente da CUT.
O ministro concordou que a “Mesa não pode levar bola nas costas
durante a discussão das propostas” e garantiu que o governo vai
conversar com a base aliada para segurar a tramitação do PL 4330.
Os dirigentes, por sua vez, disseram que vão pressionar os
deputados no mesmo sentido.
Veja a seguir os itens da pauta que o governo vai discutir
com as centrais sindicais na Mesa Permanente de
Negociação:
1 – Terceirização – a ideia é construir
uma proposta alternativa ao PL da terceirização;
2 – Rotatividade - construção de alternativa para combater a
alta rotatividade que precariza o trabalho e é usada pelos
empresários para reduzir salários – o trabalhador recém contratado
ganha sempre menos do que o antigo que foi demitido.
3 – Informalidade – as centrais e o governo vão discutir uma
proposta para aumentar os índices de formalização dos
trabalhadores.
4 – Fortalecimento do Sistema Nacional de Intermediação de Mão de
Obra (SINE);
5 – Política de apoio a aposentados – benefícios na área de
medicamentos, cultura, lazer etc.
6 – Regulamentação do trabalho doméstico. O Congresso Nacional
promulgou a Emenda Constitucional 72/2013, uma garantia de que os
trabalhadores domésticos terão direitos como pagamento de horas
extras, adicional noturno e FGTS como todas as outras categorias
profissionais, mas falta regulamentar. O governo garantiu que as
centrais sindicais vão participar de toda a discussão de cada um
dos itens da regulamentação.
7 – Participação das centrais sindicais nos conselhos do Pronatec e
Pronacampo. Os sindicalistas querem discutir a implementação das
políticas.
8 – Regulamentação do direito de negociação do serviço público
(Convenção 151 da OIT).
Com informações da
CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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