Trabalhadores portuários conseguiram acordo
para alterar a Medida Provisória dos Portos (MP 595/12). Em
reunião, na manhã da quinta-feira, dia 21, portuários, governo
federal e o relator da MP, o senador Eduardo Braga, chegaram a um
consenso sobre diversos pontos da MP que necessitam de mudanças
para garantir condições dignas de trabalho à categoria.
“A negociação foi positiva para os trabalhadores. Estavam na mesa
todos atores envolvidos com a Medida Provisória: relator e
presidente da comissão mista da MP, representantes do governo
federal e trabalhadores. Perante a situação que tínhamos na época
da publicação dessa medida, houve avanços significativos”, disse o
presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo
Guterra.
Diante das reivindicações dos trabalhadores, o governo federal
aceitou rever o parágrafo único do art. 4º, que prevê que o
contrato de concessão pode abranger a administração do porto. Para
Guterra, essa possibilidade representaria a privatização da gestão
portuária. “A privatização da gestão será excluída da MP”,
enfatizou. Outro ponto de consenso é que os trabalhadores do porto
devem ser representados pelos sindicatos dos portuários.
O governo se comprometeu ainda a incluir na MP 595/12, a
multifuncionalidade e a proibição do trabalho temporário. Também
foi assegurada a inclusão da guarda portuária. Para os
trabalhadores, a falta de menção à guarda no texto elaborado para
substituir a Lei 8.630/93, conhecida como Lei de Modernização, pode
abrir espaço para terceirização da atividade.
Durante a reunião, ficou acertado que atuação dos profissionais da
guarda portuária, em todos os portos organizados, será
regulamentada pela Secretaria de Portos (SEP). Ficou acordado ainda
que a representação do Conselho de Autoridade Portuária, que ainda
será regulamentado por lei, será paritária entre trabalhadores e
empresários. Já a participação dos trabalhadores nos Conselho
de Administração das empresas estatais de administração portuária
(Consad), continua como era na lei anterior, sem restrições para as
discussões sobre assuntos sindicais como remuneração e benefícios.
Outro compromisso é criar um grupo para debater temas relativos ao
treinamento e qualificação do trabalhador portuário. Além disso, o
governo reiterou que vai adotar medidas para cumprir a Convenção
137 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e assim garantir
renda mínima e aposentadoria diferenciada para os trabalhadores
avulsos. Com o acordo, a paralisação programada para segunda-feira,
dia 25, está suspensa. "Com muita luta e mobilização, os
trabalhadores portuários reivindicaram e nós conquistamos na mesa
de negociação todos os itens sociais e de direitos dos portuários
que constavam da pauta que entregamos para o relator da MP 595″,
disse Guterra.
Itens acordados
- toda e qualquer contratação de portuários será obrigatoriamente
precedida de negociação coletiva com sindicatos que representam os
trabalhadores;
- proibição do uso de mão de obra temporária para todas as
categorias de trabalhadores portuários;
- garantia de renda mínima que viabilize substancialmente a renda
dos portuários avulsos nos períodos de sazonalidade;
- garantia de que as aposentadorias de avulso expostos a condições
prejudiciais à saúde, que são prejudicados com a demora na
aprovação do laudo pelo INSS, sejam rapidamente analisadas e
liberadas;
- criação de um grupo de trabalho, formado por representantes dos
trabalhadores, do governo e da sociedade civil, para discutir
permanentemente políticas de qualificação profissional dos
portuários;
- será garantida na MP a multifuncionalidade, condição essencial
para o desempenho dos trabalhadores nos portos;
- também constará no relatório da MP, a determinação de que o
Conselho de Autoridade Portuária terá representantes dos
trabalhadores (25%), empresários (25%) e governo (50%);
- encontra-se em tramitação no MTE – Ministério do Trabalho e
Emprego, o reconhecimento das categorias profissionais
diferenciadas que atuam nos terminais portuários, entre elas,
estiva, bloco, vigilância de carga, capatazia, conferência de carga
e vigilância de embarcação, entre outros;
- será inserida no texto a garantia da permanência da guarda
portuária – a regulamentação será feita pela Secretaria dos
Portos.
Com informaões da FNP
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL