Na
segunda-feira, dia 18, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
mediou encontro entre a empresa VRG/Gol e os sindicatos dos
Aeroviários e dos Aeronautas (SNA) após a condena imposta
pela 23ª Vara do Trabalho
do Rio de Janeiro. O encontro terminou mais uma vez sem nenhum
acordo.
A companhia aérea Gol foi condenada a pagar R$1 milhão por dano
moral coletivo pelas demissões em massa realizadas quando a empresa
assumiu o controle da Webjet , no fim do ano passado. A 23ª Vara do
Trabalho do Rio de Janeiro determinou que a Gol faça a reintegração
dos cerca de mil funcionários demitidos, sob multa diária de R$100,
por trabalhador, caso não cumpra a determinação. Em caso de
demissões a partir da sentença, a multa diária por trabalhador será
R$1 mil. Como a sentença é de primeira instância, cabe recurso.
Histórico
A Gol demitiu 850 funcionários da Webjet em novembro de 2012. Na
época a empresa contava com 1,4 mil funcionários. Em 7 de dezembro
de 2012, a Justiça do Trabalho concedeu liminar ao Ministério
Público do Trabalho em ação civil pública pedindo a nulidade das
dispensas e a reintegração dos profissionais demitidos em novembro.
A ação também determinava negociação da empresa com os sindicatos
das categorias. Em 27 de dezembro de 2012, a Gol reintegrou os
profissionais. Tais ações foram mantidas daquela data até 1º de
março, quando a empresa voltou a demitir 748 profissionais que
haviam sido reintegrados. Em 6 de março, a Gol desligou 84
colaboradores do quadro administrativo em continuidade ao processo
de encerramento das atividades.
Na ação civil pública, o MPT-RJ denunciou que a empresa não
realizou negociação prévia com o sindicato da categoria, conforme
determina o Tribunal Superior do Trabalho (TST), e que não cumpriu
um dos termos de compromisso, o de manter os empregos dos
funcionários da Webjet.
A assessoria de comunicação da Gol informou, em nota, que a
companhia mantém seu posicionamento e recorrerá da decisão. A
empresa afirma que cumpriu o primeiro termo da decisão de
reintegração e que, após o término do prazo, a empresa deu início
imediato ao envio de convites aos sindicatos das categorias
envolvidas, aeronautas e aeroviários, para negociar condições
compensatórias adicionais às obrigações garantidas por lei nos
casos de desligamento. “Todas as propostas apresentadas pela
companhia foram rejeitadas. Tendo exauridas todas as tentativas, a
companhia considerou as negociações encerradas e frustradas”,
informou a empresa.
A presidenta do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Selma
Balbino, disse que a proposta da Gol para os trabalhadores foi
“indecente” e que por isso as reuniões foram frustradas. “A Gol
ofereceu cinco meses de cesta básica, de plano de saúde e 20 dias
de aviso prévio. Se posso ter meu salário completo, minha cesta
básica, por meio de liminar, como vou aceitar essa proposta?”,
argumentou, comemorando a decisão da Justiça. “No Brasil, o setor
privado faz o que quer com o trabalhador e, com essa decisão, a
Justiça do Trabalho está fazendo valer a lei, a convenção coletiva
do trabalho.”
Com informações da Agência Brasil e do
SNA
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