A presidenta da República,
Dilma Rousseff, e a ministra da Secretaria de Políticas para as
Mulheres, Eleonora Menicucci,(SPM-PR), lançaram na quarta-feira,
dia 13, o Programa Mulher: Viver sem
Violência, em Brasília. A iniciativa
propõe aos governos estaduais estratégias para melhoria e rapidez
no atendimento às vítimas da violência de gênero. O programa prevê
a criação de centros integrados de serviços especializados,
humanização do atendimento em saúde, cooperação técnica com o
sistema de justiça e campanhas educativas de prevenção e
enfrentamento à violência de gênero. Iniciativa também aumentará
centros de atenção às mulheres em áreas de fronteira do Brasil com
a Bolívia, Guiana Francesa, Guiana Inglesa, Paraguai, Uruguai e
Venezuela, para migrantes e combate ao tráfico de pessoas.
Os serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência
social, acolhimento, abrigamento e orientação para trabalho,
emprego e renda passarão a ser integrados por meio do programa
Mulher: Viver sem Violência. “A Lei Maria da Penha é mais
forte do que toda e qualquer violência cometida contra as mulheres.
Estamos fortalecendo a capacidade de ação do Estado brasileiro no
enfrentamento à violência, na atenção às mulheres e no combate à
impunidade. Esse é o compromisso que assumimos com as brasileiras
nos dez anos de SPM”, declara a ministra Eleonora
Menicucci.
Investimentos
Segundo a Secretaria, serão investidos até 2014 R$ 265 milhões. A
prevenção é uma das prioridades do programa Mulher: Viver sem
Violência e
terá cinco campanhas educativas de conscientização com aporte de R$
100 milhões. O montante do programa corresponde ao aumento de 20%
em relação aos valores repassados pelo governo federal a estados e
municípios, no período de 2003 a 2012, R$ 219,8 milhões por meio de
pacto federativo.
De modo inédito, a Casa da Mulher Brasileira terá os seguintes
serviços: delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAM),
juizados e varas, defensorias, promotorias, equipe psicossocial
(psicólogas, assistentes sociais, sociólogas e educadoras, para
identificar perspectivas de vida da mulher e prestar acompanhamento
permanente) e equipe para orientação ao emprego e renda. A
estrutura física terá brinquedoteca e espaço de convivência para as
mulheres.
O custo médio é de R$ 4,3 milhões cada uma, incluindo construção
financiada pelo governo federal, aquisição de equipamentos,
mobiliário e transporte. A previsão é atender cerca de 200
pessoas/dia, 6.000 por mês e 72.000 ao ano.
O acesso aos serviços de saúde (institutos médicos legais,
hospitais de referência e unidades básicas) e de abrigamento será
feito pela logística de transporte gratuito, vinculada ao Ligue 180
e à Casa da Mulher Brasileira. “Hoje, a vítima entra para os
serviços por delegacias, hospitais e Ligue 180. E, a partir daí,
começa a busca por uma série de direitos que podem levar muito
tempo e até mesmo custar a vida da mulher. Nosso objetivo é evitar
que a vítima da violência se perca no caminho do acesso aos
serviços públicos. Por isso, estamos investindo na integração da
rede de serviços já existente e criando um modelo arrojado que faça
frente à violência patriarcal”, afirma a ministra Eleonora
Menicucci.
O
programa
O programa Mulher: Viver
sem Violência é coordenado pela SPM e
reforça a rede existente de serviços públicos do governo federal,
estados, Distrito Federal, municípios, tribunais de justiça,
ministérios e defensorias públicas por meio do Pacto Nacional pelo
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Orientações sobre trabalho, emprego e renda – Partindo de
diagnósticos sobre as condições sociais, econômicas e de rendimento
da usuária, a Casa da Mulher Brasileira fará encaminhamentos para
cursos de formação e qualificação profissional, entre eles o
Pronatec/Brasil em Miséria e o Mulheres Mil.
Haverá informações sobre registros no Cadastro Único, do Ministério
de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, para acesso ao conjunto
dos programas sociais do governo federal, tais como o Minha Casa,
Minha Vida. Serão prestadas orientações sobre acesso a vagas de
emprego ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), registro na
Previdência Social e documentação civil. O programa pretende
estimular o empreendedorismo das mulheres, associando condições e
oportunidades para a criação de novos negócios e microcrédito
orientado.
Transformação para Disque 180 – A Central de Atendimento à Mulher –
Ligue 180, da SPM, passará a ser um disque-denúncia com acionamento
imediato das polícias militares de todo o país, como já ocorre com
situações de tráfico de mulheres, com ativação de urgência para a
Polícia Federal, e de cárcere privado, para o Ministério
Público.
A partir do programa Mulher: Viver sem Violência, em atendimentos
classificados como urgentes, o Ligue 180 fará encaminhamento direto
para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo 192,
ou da Polícia Militar, pelo 190.
Atendimento disque
180
Com mais de três milhões de atendimentos e demanda superior a
1.600% desde a sua criação, em 2005, o Ligue 180 terá o aporte de
R$ 25 milhões para aumento da capacidade técnica para triagem e
distribuição das demandas. Esse serviço se tornará porta de entrada
para a Casa da Mulher Brasileira.
Até o final de 2014, o Ligue 180 chegará a mais dez países.
Atualmente, atende brasileiras na Espanha, Itália e Portugal. No
Brasil, o serviço está disponível em telefones públicos, entre os
botões de emergência, chamadas convencionais e de telefones
celulares sem crédito/recarga.
Ao todo, o Ministério da Saúde investirá R$ 13,1 milhões: R$ 8,8
milhões para instalação da sala cofre e adequação de ambiente, R$
3,5 milhões para implantação de espaço para coleta e atenção
humanizada e R$ 800 mil para a capacitação de 1.124 profissionais
do Sistema Único de Saúde (SUS).
O governo federal objetiva melhorar as coletas de provas de crimes
sexuais, as quais serão feitas no momento em que a vítima busca
contraceptivos de emergência e coquetéis antirretrovirais nos
hospitais. Na chamada “cadeia de custódia”, vestígios de sêmens e
outras provas do agressor serão coletados. Após, seguirão para os
IMLs, a fim de compor o conjunto de provas periciais que servirão
de base para processos judiciais de responsabilização de
agressores, estupradores e assassinos.
O Ministério da Justiça vai aportar R$ 6,9 milhões, sendo R$ 1,6
milhão para adequação dos espaços dos IMLs nas 27 capitais, R$ 4,5
milhões para reforço nos equipamentos policiais para as Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), R$ 396 mil para a
capacitação de 1.320 médicos e médicas do SUS para coleta de
vestígios de crimes sexuais e agressões físicas, R$ 300 mil para a
capacitação de 80 médicos legistas para atendimento humanizado e
qualificação da perícia e R$ 30 mil para cursos a distância para
médicos.
De maneira integrada, a SPM e os ministérios da Saúde e da Justiça
vão aprimorar a coleta de vestígios de violência sexual; instituir
cadeia de custódia para provas de crimes sexuais; ampliar fluxos e
protocolos de atendimento à vítima; integrar serviços de referência
em saúde; articular fluxos e protocolos de atendimento entre saúde
e medicina legal; classificar serviços de atendimento à violência
sexual no Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde; capacitar
e qualificar profissionais em sexologia forense; e, por fim,
reformar e ampliar instalações e adquirir equipamentos nos 85
hospitais de referência das capitais para atendimento às mulheres
violentadas sexualmente.
Mais acesso à
justiça
Em cooperação técnica com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
Conselho Nacional dos Ministérios Públicos (CNMP) e o Conselho
Nacional dos Defensores Públicos-Gerais, o governo federal propõe a
articulação de operadores e operadoras de justiça para atuação na
Casa da Mulher Brasileira. Firmado pela presidenta Dilma, o acordo
prevê a atuação desses profissionais em juizados, promotorias e
defensorias públicas nas instalações do programa.
A presidenta Dilma e a ministra Eleonora firmaram decretos,
portarias e acordos que estabelecem o fluxo dos centros integrados,
o atendimento humanizado e custódia de provas e a cooperação
técnica com o sistema de justiça.
Seis núcleos de atendimento às mulheres em situação de violência
nas fronteiras do Brasil com a Bolívia, Guiana Inglesa, Paraguai e
Uruguai serão criados até o final de 2014. O montante de R$ 3
milhões será aportado em Bonfim (RR), Brasiléia (AC), Corumbá (MS),
Jaguarão (RS), Ponta Porã (MS) e Santana do Livramento (RS). Cada
centro receberá, da SPM, R$ 360 mil para reforma e aquisição de
equipamentos. Por sua vez, o Ministério da Saúde destinará R$ 140
mil para aperfeiçoamento dos serviços, em cada município
fronteiriço.
Os três centros existentes, localizados em Foz do Iguaçu (PR),
Oiapoque (AP) e Pacaraima (RR), receberão R$ 440 mil para
fortalecimento e ampliação dos serviços.
Esses recursos serão aplicados para melhorar o atendimento a
migrantes em situação de violência e enfrentar o tráfico de
mulheres, orientar a regularização de documentação, prestar
atendimento psicossocial, disponibilizar assistência jurídica e
fazer o encaminhamento à rede de serviços especializados.
CNTT com informações da
SPM
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