O
presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Carlos
Alberto Reis de Paula, reuniu-se na tarde da quarta-feira, dia 12,
com representantes dos trabalhadores portuários que criticam a
Medida Provisória (MP) 595, por, segundo eles, precarizar as
relações trabalhistas e gerar uma disputa desleal entre portos
públicos e privados.
"Eles dizem – e parece-me não haver dúvida a esse respeito – que a
medida provisória foi editada sem que os trabalhadores fossem
ouvidos, mesmo sendo eles que pagarão todo o preço da MP. Daí
porque houve uma greve cujas consequências agora estão aqui", disse
o ministro, referindo-se à decisão liminar da então vice-presidenta
do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, que proibiu a categoria de
paralisar as atividades em todos os portos do país, sob pena multa
diária de R$ 200 mil.
Mesmo com a decisão judicial, os trabalhadores portuários cruzaram
os braços e interromperam suas atividades em várias localidades por
algumas horas. A paralisação, contudo, foi suspensa após
representantes do governo e da categoria assinarem um acordo
estabelecendo uma rodada de negociações, durante a qual a categoria
apresentaria sugestões ao texto legal e suspenderia qualquer
manifestação. O governo, por sua vez, não cobraria a execução da
multa já aplicada, entre outras coisas.
O prazo de negociação acaba na sexta-feira, dia 15. Na
quarta-feira, dia 13, os trabalhadores e sindicalistas se reúnem em
plenária para avaliar se ocorreram avanços durante a trégua
acordada com o governo. Uma nova greve não está descartada, mesmo
com o governo tendo adiado de 16 de maio para 16 de julho o prazo
para que a MP entre em vigor.
"Se continuar o impasse, se as negociações não evoluírem, a questão
vai acabar aqui no tribunal porque estamos convencidos de que a
medida provisória cria um novo sistema que matará o atual, tirando
todos os direitos dos trabalhadores e precarizando os empregos",
disse o deputado, acrescentando que o ideal seria que o Executivo
tivesse proposto mudanças para o setor por meio de um projeto de
lei, e não de uma MP. "Eu não gosto de medida provisória, mas o
Brasil, hoje, vive de medida provisória. Não sei até se o país, com
tanta medida desta natureza, não vai acabar se tornando
provisório", criticou, em tom de brincadeira, o presidente do TST,
dando voz aos que criticam o governo por propor a substituição da
Lei de Modernização dos Portos, de 1993, por meio de uma medida
provisória.
O presidente do TST frisou a importância de que governo, empresário
e trabalhador se sentem à mesa para negociar. "Espero que a mesa de
diálogo entre governo e portuários seja efetiva. O TST estará com
as portas abertas para mediar qualquer diálogo, para dar soluções
jurídicas."
Com informações da Rede Brasil Atual
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