A
presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que vai trabalhar
para que uma delegação sindical internacional tenha direito de fala
na reunião da cúpula do G20 (que reúne os 20 países mais ricos do
mundo), que ocorrerá em São Petersburgo, na
Rússia, também para que os líderes sindicais sejam recebidos
pelos chefes de Estado. Este assunto foi debatido em audiência
entre a presidenta e o presidente da CUT, Vagner Freitas, na
terça-feira, 5 de fevereiro, em Brasília. "A presidenta se
comprometeu a ser a interlocutora do nosso pedido porque concorda
que a crise financeira internacional não pode ser colocada como
responsabilidade da classe trabalhadora”, disse Vagner.
Além dele, participaram da audiência o secretário-geral da CUT,
Sérgio Nobre, o secretário de Relações Internacionais, João
Felício, a vice-presidenta, Carmen Foro, a secretária da Mulher
Trabalhadora, Rosane da Silva, o secretário de Organização, Jacy
Afonso, o secretário de Finanças, Quintino Severo, e o secretário
de Políticas Sociais, Expedito Solaney.
Ainda pelo relato dos sindicalistas, Dilma aceitou proposta da
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) para realizar uma conferência nacional sobre o setor
– a presidenta teria sugerido ampliar a pauta e incluir o tema
direitos do consumidor. Além disso, determinou ao ministro da
Fazenda, Guido Mantega, que receba o presidente da entidade, Carlos
Cordeiro, para discutir o processo de reestruturação e as demissões
na área financeira.
"A presidenta da República não só concordou com a proposta, como
disse que vai trabalhar por ela e propôs ampliar a abrangência da
conferência nacional. Além da discussão do papel dos bancos, da
ampliação e do barateamento do crédito, a presidenta quer debater
também na conferência os direitos dos consumidores, tanto no que
diz respeito aos juros do cartão de crédito, do cheque especial e
das tarifas, quanto em relação ao consumo das novas classes
emergentes de todos os tipos de serviços, incluídos os dos
celulares e telecomunicações em geral", disse o presidente da
CUT.
Pauta dos
Trabalhadores
Vagner também conversou com Dilma sobre a
importância do diálogo permanente com os representantes dos
trabalhadores e pediu a ela que recebesse a pauta das centrais,
após a marcha que será realizada em Brasília no 6 de março, com
expectativa de reunir 40 mil trabalhadores.
Dilma aceitou o pedido e vai receber uma comissão de dirigentes de
todas as centrais que participarão da marcha – além da CUT, Força
Sindical, Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
(CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e
União Geral dos Trabalhadores (UGT). A expectativa é reunir 40 mil
trabalhadores. A pauta dos trabalhadores prevê o fim do fator
previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas
semanais, o destravamento do processo de reforma agrária e uma
política de valorização dos salários dos aposentados.
Vagner Freitas disse que a presidenta não adiantou nenhuma
avaliação sobre que pontos da pauta dos trabalhadores poderão ser
atendidos. "A presidenta não disse que vai concordar, ela disse que
a negociação com o movimento sindical é bastante importante, porque
representa os trabalhadores, e que ela vai dar essa importância nos
recebendo”.
No encontro com dirigentes da CUT, Dilma ressaltou a importância da
central. "A CUT chegou onde chegou porque teve um olhar para a
sociedade como um todo.” Também falou da necessidade de
interlocução com os movimentos sociais para continuar o processo de
transformação social do país. O secretário-geral da central lembrou
que as medidas de desoneração implementadas pelo governo precisam
ser acompanhadas de contrapartidas sociais, como as de proteção ao
emprego.
Os dirigentes cutistas também saíram do Planalto com a garantia de
que o relatório final da Comissão Nacional da
Verdade, previsto para maio de 2014, terá uma parte específica
sobre perseguição aos trabalhadores durante a ditadura. "Estava
faltando esse capítulo", finalizou Solaney.
Com informações da
CUT, da Contraf e da TVT
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