Em
audiência pública realizada, na terça-feira, 22, na Subcomissão
Temporária sobre Aviação Civil (Cistac), com representantes de
sindicatos de trabalhadores, foi denunciado que a Política Nacional
de Aviação Civil (PNAC) não é cumprida, assim como a legislação
trabalhista que rege o setor.
O
presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Gelson
Dagmar Fochesato, disse que a Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da
República desprezam a PNAC. Para ele, ao tentar fazer política, a
Anac tem prejudicado o setor.
Para Fochesato, a Anac não
fiscaliza. Ele afirmou que metade das 2,5 mil denúncias
apresentadas ao Sindicato pelos trabalhadores se refere ao
descumprimento da regulamentação. As denúncias são encaminhadas
pela entidade à Anac, mas a agência não toma providências. Ele
disse que a escala dos aeronautas tem de ser mensal, mas muitas
companhias mudam a escala diariamente. Para ele, não é necessária
uma nova legislação, mas apenas cumprir a regulamentação
profissional do aeronauta.
Fochesato
também criticou a Agência por extrapolar seu papel de fiscalizadora
e reguladora. A Anac alterou a norma que define o número mínimo de
comissários a bordo, criando o RBAC 121, que autoriza as companhias
aéreas a reduzir de 4 para 3 o número de comissários em aviões com
até 150 assentos. Ele ressaltou que, com essa norma, a Agência está
legislando a favor do interesse das companhias aéreas, em vez de
priorizar a segurança da população.
A presidente do Sindicato Nacional
dos Aeroviários, Selma Balbino, também disse esperar que a PNAC,
fruto de uma longa negociação entre governo, empresas e sindicatos
de trabalhadores, fosse colocada em prática. A sindicalista afirmou
que a Anac funciona apenas como “caixa de ressonância do que as
empresas aéreas querem que seja implantado”.
Selma Balbino disse ainda que “a ganância das
companhias aéreas não tem medida” e denunciou as empresas que
forçam mecânicos a cumprir jornada dobrada de serviço, causando
neles fadiga, o que facilita o cometimento de erros em atividades
de manutenção.
Celso Klafke, presidente da
Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT)
e do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, lamentou a
proliferação de sindicatos sem representação na base, que
prejudicam a luta e a organização dos trabalhadores. Também
ressaltou o ataque que as entidades sindicais vêm sofrendo, com a
demissão de dirigentes sindicais (cuja estabilidade é garantida em
lei), citando como exemplos casos nos sindicatos de aeroviários de
Porto Alegre, Guarulhos e Campinas, e no Sindicato Nacional dos
Aeroviários.
Com informações da Fentac-CUT
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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