Portal da
CNTT-CUT divulga a seguir, artigo dos dirigentes sindicais do
Sindicato dos Químicos do ABC.
Leia na
íntegra.
O grande salto de qualidade que colocará a indústria química
brasileira no rumo do desenvolvimento sustentável diz respeito aos
valores e as práticas do diálogo social e da valorização dos
trabalhadores do setor
O Encontro Anual da Indústria Química realizado pela ABIQUIM em São
Paulo na última semana evidenciou os excelentes resultados em
termos de aumento do faturamento, da produção e da diversificação
das exportações das empresas fabricantes de produtos químicos para
uso industrial e dos demais segmentos do setor, como tintas e
vernizes, farmacêuticos, fertilizantes, produtos de limpeza e
higiene pessoal, defensivos agrícolas e cosméticos.
O faturamento líquido do setor químico como um todo, que emprega
cerca de 750 mil trabalhadores no País, cresce a taxas médias de
9,1% ao ano desde 1996, com destaque para o setor de fertilizantes
(12,2% ao ano), defensivos agrícolas (10,5%) e tintas e vernizes,
que cresceu 14,8% apenas no último ano, estimulado pela construção
civil. As estimativas da ABIQUIM indicam que a indústria química no
Brasil chegará a um faturamento global de US$ 158 bilhões em 2011,
crescimento de 23,4% em relação a 2010, o que irá melhorar a
posição da indústria química brasileira no cenário mundial, hoje a
sétima maior em termos de faturamento. Cerca de 2,5% do PIB
brasileiro é resultado da atividade industrial química, e responde
por 10,1% do PIB da indústria de transformação no Brasil, atrás
apenas da indústria de alimentos, de petróleo e de
veículos.
Estes resultados expressivos correspondem à retomada do crescimento
econômico da economia brasileira como um todo a partir de 2004, sob
a liderança do governo Lula, seguido pela Presidenta Dilma.
Entretanto, restam desafios a serem superados, os quais exigem
ações coordenadas da indústria e do governo, com decisiva
participação dos trabalhadores.
O principal desafio, estrutural, diz respeito ao déficit da balança
comercial do setor. De acordo com dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o déficit comercial
da indústria química deverá ser de US$ 25,9 bilhões em 2011, ante
US$ 20,7 bilhões registrados em 2010, indicando que um terço da
demanda nacional vem sendo suprida por produção importada. Segundo
a ABIQUIM, se 50% desses produtos importados tivesse sido produzido
no Brasil, 60 mil novos empregos diretos poderiam ter sido gerados
no setor.
Mas a decisiva inovação, o grande salto de qualidade que colocará a
indústria química brasileira no rumo do desenvolvimento sustentável
diz respeito aos valores e as práticas do diálogo social, da
promoção da qualidade de vida e da diversidade de gênero e raça, e
da valorização dos trabalhadores do setor.
Como pudemos debater ao longo deste ano sobre os desafios da
indústria química até o ano 2020, a viabilização do crescimento
sustentável exige mais proteção social, mais diálogo dentro da
fábrica, mais segurança no emprego contra a demissão imotivada, com
jornada de trabalho equilibrada com a vida social e familiar, com
locais de trabalho mais seguros e saudáveis.
Estas condições devem ser consideradas no âmbito dos Conselhos de
Competitividade setoriais do Plano Brasil Maior, como medidas
estruturais e inovadoras que lhe atribuam a necessária dimensão
social.
Não haverá crescimento econômico que não seja sustentado em termos
sociais e ambientais. Esta é a inovação que a indústria química
brasileira deve desenvolver em sintonia com as diretrizes políticas
do governo da Presidenta Dilma Rousseff.
Osvaldo Bezerra é coordenador geral do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo e região; Paulo Lage é presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart é coordenador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo (FETQUIM); Sergio Leite é presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (FEQUIMFAR - Força Sindical); e Sergio Novais é vice-presidente para América Latina e Caribe da Federação Internacional dos Trabalhadores da Química, Energia, Minas e Indústrias Diversas (ICEM).
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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